“Um forasteiro chora duas vezes no sul: quando chega e quando vai embora.” (Bienvenido ao Sur)
Assisti ao filme italiano “Bienvenido ao Sur”, do director Luca Miniero. Infelizmente, penso que vai ser bastante difícil encontrar esse filme no Brasil, porém aqui na Espanha está passando nos cinemas de todo o país, com direito a propaganda em ônibus e tudo.
O filme conta a história de Alberto, um gerente de uma agência dos correos de uma cidade do norte da Itália, que quer conseguir uma tranferência para Milão. Mas acaba sendo mandado para uma cidade no sul do país, para desespero da sua esposa e dele.
Alberto, como todo bom cidadão do norte é cheio de estereótipos dos habitantes do sul, como em todos os países. Ele deve viver sozinho na nova cidade por dois anos, logo que chega acontecem inúmeras confusões por causa do julgamento que faz dos sulistas e vice-versa.
Claro que Alberto acaba gostanto da cidade e se adaptando, até melhor do que esperava. Mas esse filme me fez pensar sobre essa imagem que temos de pessoas de determinados lugares.
Como toda boa gaúcha sou tri bairrista, acredito que tudo no nosso Estado é melhor. Mas acredito, também, que cariocas, goianos, pernanbucanos e paranaenses também pensam que vivem no melhor Estado do Brasil.
Aqui na Espanha, isso não é diferente, cada região se denomina "a melhor". Nas aulas de cultura aprendemos que os sulistas, o povo da Andaluzia são os mais “vagabundos” e festeiros do país, isso porque vivem na praia e lá faz mais calor... Como no Brasil, lugar geográfico é um argumento para se “julgar” quem vive lá.
Ter ido pra Granada me vez perceber essa diferença entre o nordeste e o sul da Espanha. Os sulistas são, realmente, mais falantes e barulhentos. No filme, os Italianos do sul também tem essa fama de festeiros. Já no Brasil, a fama de festeiro não cabe aos gaúchos... Será por causa do nosso litoral sem formas?
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