Não mudou em nada o que eu sinto por você. Te amo do mesmo jeito ou até mais, se você não sentisse algo por mim, teria ido me ver, pois seria muito fácil ir, me comer e continuar tudo igual. Mas não né? Você não foi. Sabe que não me senti tão mal como pensei que ficaria?
Só de saber que eu estava na mesma cidade que você, que você anda pelas ruas que eu estava andando, nossa, já agradeço ao mundo por essa oportunidade. Não tem problema nenhum eu ter ficado quase 20 horas trancada num quarto de um hotel muquifo, esperando um homem que eu sabia que não iria. Tem vezes que me odeio, mas já aprendi a me suportar, então encarei isso como uma boa oportunidade de pensar.
E como eu pensei. E não, não vou desistir de você. Desistir de você, seria desistir de mim.
Eu sempre imaginei que o dia que eu fosse viajar, estaria eufórica, que seria a pessoa mais feliz do mundo. Mas não. Daqui poucas horas estou embarcando para a Europa e não sei o que sinto em relação a isso.
Desde criança, sonho em viajar, mas nos últimos meses não pensava nisso como o sonho que iria realizar. Essa viagem era só uma desculpa para ver se eu continuava tocando o barco. Foi uma muleta. Algo que “inventei” para ter o que pensar.
Agora essa muleta é real e ainda não assimilei o que vai acontecer. Não estou indo para fugir de ninguém, nem de nenhuma situação, talvez eu esteja indo pra ver se consigo o distanciamento necessário e entender tantas coisas que acontecerem na minha vida no último ano.
Mudei muito. E só consegui realizar esse sonho de viajar agora, quando percebo que o que move minha vida não são os lugares para onde irei. O que move minha vida é o amor que eu sinto.
Estou indo para a Espanha amanhã. Fico lá até dia 02 de abril, depois faço um tour pela Europa e volto no final de abril. Sempre que possível, estarei escrevendo, gostaria muito de escrever coisas sobre os lugares para onde irei, mas não sei se vou conseguir, geralmente eu escrevo para sobreviver.
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