Depois de uma semana em Barcelona já deu para sentir um pouco da cidade. Barcelona é capital da Catalunha e a segunda maior cidade da Espanha, perdendo apenas para Madrid. Com uma população de cerca de 1.621.537, a cidade é banhada pelo Mar Mediterrâneo.
Considerada capital européia do movimento modernista, a cidade abriga obras incríveis de Gaudí e Miró, além do museu Picasso, que conta com o maior acervo do artista. E também, em menos de uma hora de trem, se chega a Figueres, terra do Salvador Dalí, que abriga um museu em sua homenagem.
A cidade é antiga, mas soube dosar a medida certa de modernidade, avanço e preservação da sua história. Sua origem é do período da dominação romana e a grande Barcelona era apenas uma pequena colônia chamada Barcino.
O belo museu de História da Cidade de Barcelona (MHCB) ainda conseva numerosos vestígios da antiga colônia romana, como alguns fragmentos da muralha que circundava a cidade, o templo de Augusto, a necrópolis e restos de estruturas que se podem observar no subsolo do museu. No elevador do museu, escolhemos em qual século queremos desembarcar...
No século 13, com aconstrução da catedral da cidade, o vilarejo viveu um grande apogeu e se estendeu para além das grandes muralhas que o cercavam. Foi nesse época que Barcelona encontrou o mar e se tornou uma cidade de mercadores, navegantes e comerciantes.
O mais incrível disso tudo, é que as muralhas, as ruelas estremamente esrteitas, as fortalezas e os palácios medievais estão muito bem preservadas, ainda hoje. O bairro Gotic e o La Ribera formam o eixo da chamada “cidade velha”. Nessas ruazinhas a gente mal enxerga a luz do sol e a umidade prevaleçe, carro também não entra.
O bom mesmo foi andar a pé por esses bairros e me perder a vontade. Não tem como não se sentir um personagem épico nessa parte da cidade.
As igrejas de Barcelona
É impossível passar por Barcelona e não visitar ao menos três igrejas: a catedral, a igreja de Santa Maria del Mar e a Sagrada Família, todas são verdadeiras obras de arte.
A catedral abriga em torno do altar, inúmeras capelas, uma para cada santo que é popular na Espanha. Parece ser várias igrejas diferentes dentro de uma só. Além disso, a catedral tem um pátio e um jardim que são deslumbrante, com direito a patos andando soltos e fonte de São Jorge.
A igreja de Santa Maria del Mar fica dentro do labirinto que é o bairro de La Ribera, em frente tem uma pequena praça, onde os turistas fazem malabarismos para conseguir enquadrar na foto, a torre da igreja, que é imensa. Eu só consegui fotografar, há três quadras de distância. A torre é alta, pois também servia de farol para os pescadores.
Já a Sagrada Família se encontra no bairro de mesmo nome, já na parte “moderna” da cidade. Gaudí passou os últimos anos de sua vida se dedicando a essa construção, a obra está até hoje inacabada. E ainda assim é de uma grandeza assustadora. Toda a riqueza de detalhes e esculturas que temos na fachada não é um terço da beleza que se encontra dentro da obra.
Num primeiro momento, a Sagrada Família é clara e até um pouco fria por dentro. Pintada com cores suaves transmite uma sensação de sepúlcro, de um lugar de fato, sagrado, parece como toda igreja. Mas a Sagrada Família tem vitrais, muitos vitrais e eles estão dispostos de tal maneira, frente a frente, que quando a luz do sol bate numa das janelas, reflete em outra e assim por diante.
A igreja fica repleta de cores e sombras coloridas, deixando de ser sagrada para se tornar divina. O silêncio, que antes era pesado, fica leve, tamanha a leveza daquelas cores e genialidade daquela obra. Eu fui visitar uma igreja e me senti dentro de um arco-íris.
Para mim, essas igrejas são a cara de Barcelona. A representação perfeita dessa cidade de arquitetura fantástica. Medieval, intacta, moderna, prática, colorida e surpreendente.
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