Tuesday, October 09, 2007

Sobre o Che

"Propõe-se a todo jovem ser essencialmente humano, tão humano que se sinta angustiado quando se assassina uma pessoa em qualuqer lugar do mundo e entusiasmado, quando em algum lugar do mundo se alça uma nova bandeira de liberdade."
Ernesto Che Guevara


Há 40 anos, Ernesto Guevara de La Serna morria. Ontem, o programa Conversas Cruzadas da TV Com debateu: "Che: herói ou bandido?" Na última semana, a revista Veja trouxe o mito na sua matéria de capa. Hoje, eu vesti minha camiseta vermelha com a foto do Che e olhei mais demoradamente para o quadro (dele) que tenho no meu quarto.

Não, não sou a favor do comunismo, aliás, tenho sonhos bem capitalistas. Penso que Cuba tem sérios problemas. E acho que nenhum totalitarismo é benéfico. Mas sou fã do Che e sempre vou vestir camisetas com sua foto. Se um dia tiver um filho, será Ernesto.

Gosto do Che porque ele foi humano e antes de mais nada, verdadeiro. As pessoas pagam caro por serem verdadeiras num mundo que louva mentiras. Não o comparo a Deus, pois só a carne e o osso nos fazem ser heróis e bandidos, como ele foi. Herói e bandido, é o que somos quando nos doamos. E o Che se doou e pagou por isso.

As pessoas não se entregam mais para nada. Nem por sonhos medíocres. E mais fácil se acomodar, se conformar e deixar que os revolucionários fiquem na história. A maioria, além de endurecer, perde a ternura. E sim, não fazemos revoluções, nem na nossa própria vida, quem dirá pela vida dos outros.

Che foi médico, revolucionário, visionário e até ditador. Mas nunca deixou de sê-lo, eis para mim, sua maior virtude. Por isso ele está no braço do Maradona, no peito do Mike Tyson, nas bandeiras do Inter e do Grêmio e de partidos políticos. Por isso ele segue estampando camisetas e embalando sonhos de um mundo mais justo. Por isso eu gosto do Che. Por isso, meu filho será Ernesto.

1 comment:

Anonymous said...

Sobre o Che eu não posso falar muito porque incrivelmente desconheço a história dele.
Mas acho que devemos ser revolucionários. Acho que deveríamos ser muito mais revolucionários.
Revolucionários que acreditassem que um país sério não poderia ter um congresso como o nosso.
Neste ponto sou radical, morei em brasilia, e lá têm-se a mania de ficar fazendo barulho e gritando com a ilusão de que alguém com poder vai ouvir e se importar.
Tenho certeza que sou mais a favor de atos como o de quando o MST invadiu o congresso e quebrou tudo o que tinha pela frente...
Não quero os militares no comando do nosso país de novo, mas quero aquele garoto que ia mudar o mundo, mudar o mundo e agora assiste a tudo encima do muro...
Porque um dias aquela vontade que mora dentro de nós como um animal enjaulado explode e falamos o que temos que dizer, armados de todo o medo que temos de que dê errado mas temos que fazer tudo pelo bem da nossa vida!!