Fui assistir ao documentário Herbert de Perto, que conta um pouco da vida do músico Herbert Vianna, vocalista do Paralamas do Sucesso. Adorei o filme, já que sou fã da banda e principalmente do Herbert. Só lamento que todos os shows que fui deles, foram depois do acidente.
O legal do filme é que mostraram inúmeras imagens do Herbert, da carreira e de momentos pessoais, para ele. O filme começa com o próprio cantor, na sua cadeira de rodas, assistindo um Herbert Vianna com seus vinte e poucos anos, que falava que conseguiria tudo o que quisesse na vida. Um pouco envergonhado, o coroa Herbert ri e diz que aquele moleque não sabia nada da vida. Como se o moleque não fosse ele.
O olhar do Herbert de hoje para aquele do passado é de uma certa saudade sim, mas também de pena. Fiquei me perguntando se nos somos os mesmos ao longo da vida e acho que não. Mudamos e como mudamos! Agora, acho que não nos damos conta dessas mudanças.
Deveríamos nos ver de perto, apenas uma distância temporal. Ver como éramos na infância, nossa índole, nossas manias... Certamente imaginávamos o adulto que seríamos, mas provavelmente não sabíamos em que adulto a vida nos tornaria.
Herbert queria ser piloto de avião, mas tinha miopia, por causa disso usava óculos e gravou o primeiro grande sucesso do Paralamas, “Óculos”, com sua música ganhou dinheiro para comprar um avião e pilotar só por lazer e foi num acidente de avião, que ele pilotava, que sua mulher morreu e ele ficou tetraplégico.
Obviamente amadurecemos com o tempo, mas nem sempre perdemos a petulância de quem acha que tem a vida nas mãos. O Herbert pareceu perder essa petulância e parecia até envergonhado da pessoa que foi um dia e conformado com o que se tornou... Só sei que sai do cinema com a impressão que deveríamos nos ver mais de perto.
1 comment:
Oi Rê!!!!
Tô passando por aqui só pra tu não esquecer que te "leio" sempre. E adoro!
Bjos
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