“Ando achando tão bonito viver” – Caio Fernando Abreu
Sabe quando a gente tá com aquela ansiedade gostosa? Aquele frio na barriga, aquele arrepio pelo corpo... Aquela sensação de que alguma coisa boa vai acontecer?
Eu tô assim! E o melhor é que não faço a menor ideia do motivo. Mas tem coisa boa vindo por aí! Ah tem! Eu sinto! E não é o Natal, não. Nunca curti muito essa época do ano, mas por enquanto tá passando batido, ainda não me deprimi nem fiquei com o meu péssimo humor natalino. E ando tão zen que se passar ilesa por esse natal, não vou me surpreender.
Levei um pé na bunda outro dia. Mal me recuperei do meu trabalho de conclusão da graduação e já estou começando a monografia da pós. O tempo tá passando cada vez mais veloz e eu tenho medo de não conseguir acompanhar.
E pasmem! Eu não derramei uma lágrima por causa do fora, nem tô em pânico por causa da monografia. Está tudo em paz. Eureka! Aprendi a fazer o jogo do contente, aquele do livro da Poliana, de ver o lado bom das coisas. Isso pode ser clichê e é, eu sei.
Mas eu ainda prefiro o clichê da alegria como a de um ex-depressivo que enfim, aprendeu que felicidade é escolha, a satisfação de um ex-drogado que conseguiu se tornar independente de tudo o que lhe dopava, a alegria cheia de expectativa e incertezas de quem passou no vestibular e tem a vida pela frente, mesmo não sabendo muito o que fazer da vida.
Prefiro tudo isso e todos os outros clichês do mundo, do que a breguice da tristeza. Até porque a felicidade também rende texto!
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