Parece que essa virada de ano, pela primeira vez, eu não vou entrar meia noite afora louca para me lembrar de todas as simpatias possíveis para atrair amor, saúde, dinheiro, prosperidade... Não comprei calcinha nem roupas novas para a noite do dia 31, coisas que sempre fiz, teve um ano que usei sete calcinhas, uma por cima da outra.
2010 foi cheio, muita coisa aconteceu e muita coisa boa. Eu vivi uma das melhores fases da minha vida, já sai de 2009 feliz. Mas foi esse ano que me dei conta que certos fantasmas tinham, de fato, ficado para trás e me permitir viver sem assombrações.
Sinceramente, entre janeiro e maio, várias vezes, eu me senti a pessoa mais feliz do mundo. Eu amei também, muito, como eu nunca pensei que fosse possível amar alguém. Na verdade, ainda amo e pela maneira como me arrepio cada vez que penso nisso, ainda vou amar por muito tempo.
Eu mudei muito, muito mesmo (sim, foi tudo muito mesmo). Diversos valores e opiniões que eu defendia, caíram por terra, o que foi positivo. Agora o melhor, foi ter me dado conta que para amar como eu amo, eu tive que passar por um longo processo, que provavelmente tenha começado quando eu nasci.
Foi depois de 25 anos de vida que eu me senti feliz e plena. Minha vida não estava do jeito que tinha sonhado, mas as coisas estavam melhores do que eu imaginava. Sabia que o restante viria na hora certa. Hoje, eu penso que para amar é necessário estar feliz, porque só a felicidade nos fornece o desprendimento necessário para se doar para o outro. E amor, para mim, é doação.
O que vem depois disso, se o amor vinga ou não, se tem tristeza, lágrimas, se as coisas não saem como a gente quer... É outra história. É por isso que eu não espero nada de 2011. Tenho alguns compromissos, claro, mas planos e listas de pretensões, não tenho. Isso é bom, tira um pouco o peso desse ano que entra e a gente acaba vendo isso tudo como uma troca de calendário.
Durante boa parte do ano eu desejei ser merecedora de viver o amor que eu sinto. Se eu fosse pedir algo à meia noite de hoje, seria isso. Só que, apesar de tudo, eu apenas vou agradecer ter sido tão feliz e amar da maneira que amo. Isso valeu muito mais que o ano, valeu a vida!
1 comment:
"Durante boa parte do ano eu desejei ser merecedora de viver o amor que eu sinto..."
Ai rê, adianta falar que tu ainda vai ser? É só uma questão de tempo. Acredite!
Bjo, alini
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