Na primeira noite de 2011, quer dizer, primeiro dia, porque fui dormir depois que o sol já tinha nascido, tive um sonho lindo. Sonhei que estávamos eu, a Daiani (a outra jornalista da CUT) e alguns dirigentes da Central em algum lugar que eu não sei qual é, para cobrir um ato, uma manifestação, uma reunião ou sei lá o que...
Os dirigentes entraram em uma sala e quando eu olhei para dentro dessa sala, ele estava lá, lindo, com o uniforme do Instituto Geral de Perícias. E no sonho eu pensei em como ele é perfeito. Aí ele veio na minha direção, já sem o uniforme, mas com uma camiseta azul que realçava a pela morena dele.
Ele sorria. Aquele sorriso que eu tanto amo, porque o deixa com ares de menino. Enquanto ele vinha, eu sentia meu coração saltar pela boca. Então ele me abraçou e ficamos abraçados o sonho todo, às vezes, mudávamos de posição, mas não nos desgrudávamos. E fazíamos carinho um no outro. Às vezes, a Daiani vinha, falava alguma coisa com a gente e nós ríamos muito. Estávamos felizes.
Mas o sonho não tinha som. Ao menos não enquanto ele estava comigo, ali o sentido principal era o tato. Porque eu sentia o calor da pele dele, a espessura da camiseta, o suor no pescoço quando eu mexia minha cabeça... Não sei quanto tempo durou o sonho, mas o abraço durou mais da metade do sonho. Até na hora que ele explicava alguma coisa sobre a máquina fotográfica do serviço, eu estava colada nele...
Nisso apareceu um dos secretários da CUT, chamando a imprensa. A gente se despediu, ele me beijou e desejou bom trabalho. Eu e a Daiani entramos para cobrir o ato, a manifestação, a reunião ou sei lá o que... O sonho acabou e eu ainda dormi mais um pouco.
Quando acordei, assustada, não lembrava onde estava (na casa de praia de uma amiga). Mas ainda podia sentir ele e logo comecei a chorar de saudade quando me dei conta que fora só um sonho. Sonhar com quem se ama assim é tão bom e tão cruel.
Se é verdade que nos sonhos os espíritos se encontram, eu tive o melhor sonho que eu poderia ter, porque nem que seja em outro plano, a gente esteve junto e ele estava feliz. E eu passei o dia com o peito apertado de saudade. Lembrando desse abraço tão real, mas que nem aconteceu.
Será que ele também sonhou comigo? Será que a Daiani sonhou com nós? Será que o abraço foi de despedida ou reencontro? Não sei... Só sei que ganhei o melhor abraço de ano novo que poderia ganhar e desde então, quando deito na cama e fecho os olhos, lembro dele vindo, lindo e sorrindo, na minha direção. Vai que eu tenha sorte e um dia desses, ele venha de novo, me abraçar.
“Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.” Clarice Lispector
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