Fui assistir ao documentário Herbert de Perto, que conta um pouco da vida do músico Herbert Vianna, vocalista do Paralamas do Sucesso. Adorei o filme, já que sou fã da banda e principalmente do Herbert. Só lamento que todos os shows que fui deles, foram depois do acidente.
O legal do filme é que mostraram inúmeras imagens do Herbert, da carreira e de momentos pessoais, para ele. O filme começa com o próprio cantor, na sua cadeira de rodas, assistindo um Herbert Vianna com seus vinte e poucos anos, que falava que conseguiria tudo o que quisesse na vida. Um pouco envergonhado, o coroa Herbert ri e diz que aquele moleque não sabia nada da vida. Como se o moleque não fosse ele.
O olhar do Herbert de hoje para aquele do passado é de uma certa saudade sim, mas também de pena. Fiquei me perguntando se nos somos os mesmos ao longo da vida e acho que não. Mudamos e como mudamos! Agora, acho que não nos damos conta dessas mudanças.
Deveríamos nos ver de perto, apenas uma distância temporal. Ver como éramos na infância, nossa índole, nossas manias... Certamente imaginávamos o adulto que seríamos, mas provavelmente não sabíamos em que adulto a vida nos tornaria.
Herbert queria ser piloto de avião, mas tinha miopia, por causa disso usava óculos e gravou o primeiro grande sucesso do Paralamas, “Óculos”, com sua música ganhou dinheiro para comprar um avião e pilotar só por lazer e foi num acidente de avião, que ele pilotava, que sua mulher morreu e ele ficou tetraplégico.
Obviamente amadurecemos com o tempo, mas nem sempre perdemos a petulância de quem acha que tem a vida nas mãos. O Herbert pareceu perder essa petulância e parecia até envergonhado da pessoa que foi um dia e conformado com o que se tornou... Só sei que sai do cinema com a impressão que deveríamos nos ver mais de perto.
Thursday, November 26, 2009
Sunday, November 22, 2009
Guarda lembranças
Fiz uma faxina hoje no meu guarda roupa. Coloquei tudo abaixo. E muita coisa separei pra dar. Foi com um pouco de pesar que separei três calças que não me entram mais e entravam no início do ano. Mas tava pensando como tem roupas que marcam e como nossas roupas mudam conforme a gente vai mudando. Tô filosofando com um assunto muito fútil? Mas é sério.
Eu nunca tive tantos vestidos e saias, por exemplo. E minhas blusas estão cada vez mais compridas. Logo eu que já enfrentei inverno de manta, mas com a barriga de fora. E as meias calças também estão aumentando a quantidade. Porque eu comecei achar lindo saia e vestido no inverno.
Falando em inverno, manta era algo que eu não usava quando era adolescente. Achava coisa de velho. Hoje acho lindo, tudo bem que estou envelhecendo... Achei uma blusa dos Ramones que eu nem lembrava que existia, pensava que tinha perdido em algum show da Tequila Baby, que levava só pra sacudir. Ah sim, algumas saias continuam curtas, porque nem tudo muda.
Me desfiz de uma saia que usei duas vezes, num show do Paralamas e quando levei o pé na bunda do cretino. Eu tinha uns 17 anos quando comprei essa saia, ainda estava no meu primeiro estágio, ganhava R$ 250,00 e a saia custou uns R$ 100,00. Depois do show, pensei que a tal saia me daria sorte, mas na segunda vez que usei, levei o chute. Pronto, nunca mais usei a saia. Mas só agora, depois de vários anos é que tive coragem de tocar fora. Acho que eu precisava era me desfazer de algumas lembranças antes...
Eu nunca tive tantos vestidos e saias, por exemplo. E minhas blusas estão cada vez mais compridas. Logo eu que já enfrentei inverno de manta, mas com a barriga de fora. E as meias calças também estão aumentando a quantidade. Porque eu comecei achar lindo saia e vestido no inverno.
Falando em inverno, manta era algo que eu não usava quando era adolescente. Achava coisa de velho. Hoje acho lindo, tudo bem que estou envelhecendo... Achei uma blusa dos Ramones que eu nem lembrava que existia, pensava que tinha perdido em algum show da Tequila Baby, que levava só pra sacudir. Ah sim, algumas saias continuam curtas, porque nem tudo muda.
Me desfiz de uma saia que usei duas vezes, num show do Paralamas e quando levei o pé na bunda do cretino. Eu tinha uns 17 anos quando comprei essa saia, ainda estava no meu primeiro estágio, ganhava R$ 250,00 e a saia custou uns R$ 100,00. Depois do show, pensei que a tal saia me daria sorte, mas na segunda vez que usei, levei o chute. Pronto, nunca mais usei a saia. Mas só agora, depois de vários anos é que tive coragem de tocar fora. Acho que eu precisava era me desfazer de algumas lembranças antes...
Monday, November 16, 2009
Borboletas no estômago
“Ando achando tão bonito viver” – Caio Fernando Abreu
Sabe quando a gente tá com aquela ansiedade gostosa? Aquele frio na barriga, aquele arrepio pelo corpo... Aquela sensação de que alguma coisa boa vai acontecer?
Eu tô assim! E o melhor é que não faço a menor ideia do motivo. Mas tem coisa boa vindo por aí! Ah tem! Eu sinto! E não é o Natal, não. Nunca curti muito essa época do ano, mas por enquanto tá passando batido, ainda não me deprimi nem fiquei com o meu péssimo humor natalino. E ando tão zen que se passar ilesa por esse natal, não vou me surpreender.
Levei um pé na bunda outro dia. Mal me recuperei do meu trabalho de conclusão da graduação e já estou começando a monografia da pós. O tempo tá passando cada vez mais veloz e eu tenho medo de não conseguir acompanhar.
E pasmem! Eu não derramei uma lágrima por causa do fora, nem tô em pânico por causa da monografia. Está tudo em paz. Eureka! Aprendi a fazer o jogo do contente, aquele do livro da Poliana, de ver o lado bom das coisas. Isso pode ser clichê e é, eu sei.
Mas eu ainda prefiro o clichê da alegria como a de um ex-depressivo que enfim, aprendeu que felicidade é escolha, a satisfação de um ex-drogado que conseguiu se tornar independente de tudo o que lhe dopava, a alegria cheia de expectativa e incertezas de quem passou no vestibular e tem a vida pela frente, mesmo não sabendo muito o que fazer da vida.
Prefiro tudo isso e todos os outros clichês do mundo, do que a breguice da tristeza. Até porque a felicidade também rende texto!
Sabe quando a gente tá com aquela ansiedade gostosa? Aquele frio na barriga, aquele arrepio pelo corpo... Aquela sensação de que alguma coisa boa vai acontecer?
Eu tô assim! E o melhor é que não faço a menor ideia do motivo. Mas tem coisa boa vindo por aí! Ah tem! Eu sinto! E não é o Natal, não. Nunca curti muito essa época do ano, mas por enquanto tá passando batido, ainda não me deprimi nem fiquei com o meu péssimo humor natalino. E ando tão zen que se passar ilesa por esse natal, não vou me surpreender.
Levei um pé na bunda outro dia. Mal me recuperei do meu trabalho de conclusão da graduação e já estou começando a monografia da pós. O tempo tá passando cada vez mais veloz e eu tenho medo de não conseguir acompanhar.
E pasmem! Eu não derramei uma lágrima por causa do fora, nem tô em pânico por causa da monografia. Está tudo em paz. Eureka! Aprendi a fazer o jogo do contente, aquele do livro da Poliana, de ver o lado bom das coisas. Isso pode ser clichê e é, eu sei.
Mas eu ainda prefiro o clichê da alegria como a de um ex-depressivo que enfim, aprendeu que felicidade é escolha, a satisfação de um ex-drogado que conseguiu se tornar independente de tudo o que lhe dopava, a alegria cheia de expectativa e incertezas de quem passou no vestibular e tem a vida pela frente, mesmo não sabendo muito o que fazer da vida.
Prefiro tudo isso e todos os outros clichês do mundo, do que a breguice da tristeza. Até porque a felicidade também rende texto!
Thursday, November 12, 2009
Rio de Janeiro, praticamente um diário
Vamos aos meus dias no Rio de Janeiro. Dias inesquecíveis, diga-se de passagem, não só porque estava na cidade maravilhosa, mas porque tudo foi planejado por mim (lembrei da época que queria estudar turismo...). Fomos eu, a Giovanna (minha colega da pós) e a Ane, que conheci em Buenos Aires, no show da Madonna e nos tornamos amigas.
Ficamos no hostel Bonita Ipanema, na casa onde o Tom Jobim morou, há duas quadras da praia e há dois metros da rua Farme do Amoedo, reduto gay de Ipanema. Coisa que só nos daríamos conta dias depois.
Chegamos na quinta-feira de noite, debaixo de chuva e depois de um vôo que levava além da gente e meia dúzia de seres normais, uma excursão de professoras, todas vestidas de rosa, que foram até o Rio fazendo olá. Chegando no hostel, tinha carro de polícia na frente, porque um quarto tinha sido roubado e o hospede estava louco com isso... Bela recepção... Saímos para dar uma volta por perto e encontramos o meu tio, Miguel, que não via fazia anos. Na tal Farme do Amoedo, avistamos um bar cheio de gente do sexo oposto, não pensamos duas vezes e atravessamos a rua direto para aquele lugar que prometia várias pegadas. Só depois de sentadas e já com um copo de cerveja na mão, vimos que eram todos gays. Terminada a cerveja, caminhada até a praia e cama.
Na sexta-feira madrugamos, caminhamos na praia, tomamos café mega reforçado e fomos ao centro do Rio. Teatro Municipal, Museu de Belas Artes (que tinha monitores simpaticíssimos e competentes), Museu da República (que é o Palácio do Catete, onde o Getúlio Vargas morou), Biblioteca Nacional, Igreja da Candelária, Confeitaria Colombo (onde tem o melhor pastel de palmito que já comi) e arcos da Lapa.
Nesse dia andamos de ônibus e de trem, tudo aparentemente seguro. Os cariocas são super atenciosos com os turistas, sabem dar informação e nos ajudaram muitas vezes. De tarde ainda deu para pegar uma praia e ir até o Leblon. De noite fomos na Melt, um lugar no mesmo estilo do Café Segredo. Foi mais ou menos. Mais porque teve show com uma banda de pop rock, da qual faz parte o ator Marcelo Novaes, que foi muito simpático com todo mundo. E foi de menos porque tinha muita gente, mal dava pra respirar. Lá pelas 3h eu a Gi voltamos para o hostel, a Ane (mega baladeira) ficou lá até às 6h da manhã. Durante o dia ficamos impressionadíssimas com a quantidade de casais homossexuais que víamos em Ipanema.
Sábado, caminhada na praia, bondinho do Pão de Açúcar e Corcovado. Fomos cedo pegar o bondinho, na metade da subida me dou conta que as pilhas da minha máquina não estavam carregadas. Que coisa, sem fotos do Pão de Açúcar. Ainda bem que a Ane estava com a máquina dela. Tiramos muitas fotos, a vista lá de cima realmente é linda!!! Na volta o tempo começa a fechar e resolvemos voltar para o hostel e ir ao Cristo só de tarde, se o tempo abrir. Na volta, no ônibus roubaram a máquina da Ane e o dinheiro, de dentro da bolsa dela. Baixo astral geral, ficamos mal e isso nos fez lembrar que estávamos no Rio de Janeiro. Abolimos o ônibus e passamos a andar só de táxi, que não é caro. Pior, ficamos só com três fotos do Pão de Açúcar, que estavam na minha máquina e foram tiradas durante a subida do bondinho.
À tarde fomos à praia, deu pra ficar bem vermelhinha. De noite e já mais animadas, fomos para a Lapa, mais precisamente para o Rio Scenarium, um bar com roda de samba e pista de música eletrônica dentro de um antiquário. Parecia ser incrível, afinal a ideia era bem legal. Fomos cedo, às 22h já estávamos na fila. Fila que estava enorme e acabou com o meu humor. Só conseguimos entrar meia noite e meia e quando eu entrei, vi o lugar mais bizarro que já tive. Era uma parede de cada cor, cheio de cadeiras penduradas no teto, uns corredores estreitos, sofás mofados... Achei tudo de mau gosto. Gostei tanto que dei uma volta, fui no banheiro e meia hora depois estava dentro de um táxi, que não entendia como eu não tinha gostado do Rio Scenarium!? Como eu já tava irritada não expliquei. Foi a pior balada da minha vida, em plena Lapa, no Rio de Janeiro.
No domingo o tempo amanheceu tri nublado e adiamos, mais uma vez, a ida ao Cristo. Demos a tradicional caminhada na praia e passamos na Feira Hippie de Ipanema, foi lá que meu tio nos falou que a rua Farme do Amoedo era um tradicional e conhecido lugar GLS e isso explicou muita coisa. Foi ele também que nos falou que a favela que tinha na esquina da rua que estávamos e ficava totalmente escondida entre os prédios, era o Morro do Cantagalo, que é junto com o Morro do Vidigal, as duas únicas favelas que ficam na zona sul do Rio. Depois fomos à praia, mas antes das 13h já estava chovendo e não parecia que ia parar...
Resolvemos ir almoçar e passar a tarde no shopping do Leblon. E até eu que não sou uma pessoa consumista, adorei fazer comprar no Leblon, me senti... De tardezinha, a chuva persistia firme e forte, o que nos fez ficar no hostel, lendo, dormindo, falando com o povo... De noite, a Ane foi pra balada e eu e a Gi, que só gostamos de programas de velhos, fomos jantar no Leblon e depois passamos no Sindicato do Chopp em Ipanema para tomar umas cervejas. A Ane outra vez, amanheceu na balada. Essa foi sem dúvida a melhor noite no Rio. Nda de muito tumulto, de homem bêbado nos agarrando, de cabelo fedendo a cigarro...
Segunda-feira, nosso último dia. Acordamos cedo, café reforçado e táxi até o ponto para pegar o trem do Corcovado e ir até o Cristo. Foi de longe, o que mais gostei. Aquele trenzinho que sobre até o corcovado é tudo! Quando o grupo de samba entrou e começou a tocar “Cidade Maravilhosa”, me emocionei. De verdade, acho que isso mostra como realmente estou melhor. Até sambar, sambei, morro acima e tudo! Foi tri divertido. Chegando lá no Cristo, vimos muitos, mas muitos turistas num empurra-empurra danado. A tradicional foto de braços abertos com o Cristo no fundo foi impossível de tirar sem uns 10 desconhecidos atrás, fazendo a mesma posse. Turistas... O Cristo é lindoooooooooo e a vista de lá, mais ainda. Chegamos lá em cima com o tempo meio fechado, então chegamos a ver as nuvens se dissipando e a cidade surgindo lá embaixo. Foi muito melhor se o tempo estive o tempo todo aberto...
Na tarde praia e praia. Ipanema lotadíssima. Nem Tramandaí fica tão cheia. Não tinha mais cadeiras para alugar. E se não ficassem na beirada do mar, com as ondas o tempo todo vindo e levando nossas coisas para longe, tínhamos que ficar quase colada no calçadão, onde o povo mija e o fedor de xixi é insuportável. No nosso último dia conhecemos o significado do verso que diz “Rio 40 graus”. Suávamos loucamente na beira da mar. Saímos cedo da praia, fomos nos refrescar tomando banho (de chuveiro) e rumamos para Copacabana, jantar, caminhar na beira mar e ir na feirinha. Na volta, mais uma passada na praia de Ipanema, olhamos aquele mar pela última vez nessa viagem e conversamos com a Iemanjá, pedimos, entre outra coisas, pra voltarmos logo.
O pior do Rio? A sujeira na areia da praia. Horrível e lamentável. A gente tem que disputar espaço com latinhas de refri e cervejas, garrafas de plásticos, cocos, resto de comidas e cadeiras... Isso não precisava. Havia até pombas na areia. No meio do banho de sol, elas davam rasantes sobre as nossas cabeça.
Voltamos para o hostel, deitamos para decidir onde iríamos na nossa última noite, na acabamos pegando no sono com a porta do quarto aberta e tudo, luz acessa, de roupas, até que alguém de madrugada acordou e fechou tudo... Na terça, deveríamos acordar às 5h, pois às 5h50, o táxi nos pegaria para levar até o aeroporto. Mas acordamos, por milagre, às 5h40! Foi uma correria total e a Ane ficou sem a chapinha no cabelo. No aeroporto esperamos mais de uma hora, porque tinha escala em Curitiba e lá tinha muita neblina... Chegamos em Porto Alegre no início da tarde e quando avistamos nossas malas na esteira, tivemos a certeza de que a viagem tinha sido perfeita!!!! E foi!!!!
Ficamos no hostel Bonita Ipanema, na casa onde o Tom Jobim morou, há duas quadras da praia e há dois metros da rua Farme do Amoedo, reduto gay de Ipanema. Coisa que só nos daríamos conta dias depois.
Chegamos na quinta-feira de noite, debaixo de chuva e depois de um vôo que levava além da gente e meia dúzia de seres normais, uma excursão de professoras, todas vestidas de rosa, que foram até o Rio fazendo olá. Chegando no hostel, tinha carro de polícia na frente, porque um quarto tinha sido roubado e o hospede estava louco com isso... Bela recepção... Saímos para dar uma volta por perto e encontramos o meu tio, Miguel, que não via fazia anos. Na tal Farme do Amoedo, avistamos um bar cheio de gente do sexo oposto, não pensamos duas vezes e atravessamos a rua direto para aquele lugar que prometia várias pegadas. Só depois de sentadas e já com um copo de cerveja na mão, vimos que eram todos gays. Terminada a cerveja, caminhada até a praia e cama.
Na sexta-feira madrugamos, caminhamos na praia, tomamos café mega reforçado e fomos ao centro do Rio. Teatro Municipal, Museu de Belas Artes (que tinha monitores simpaticíssimos e competentes), Museu da República (que é o Palácio do Catete, onde o Getúlio Vargas morou), Biblioteca Nacional, Igreja da Candelária, Confeitaria Colombo (onde tem o melhor pastel de palmito que já comi) e arcos da Lapa.
Nesse dia andamos de ônibus e de trem, tudo aparentemente seguro. Os cariocas são super atenciosos com os turistas, sabem dar informação e nos ajudaram muitas vezes. De tarde ainda deu para pegar uma praia e ir até o Leblon. De noite fomos na Melt, um lugar no mesmo estilo do Café Segredo. Foi mais ou menos. Mais porque teve show com uma banda de pop rock, da qual faz parte o ator Marcelo Novaes, que foi muito simpático com todo mundo. E foi de menos porque tinha muita gente, mal dava pra respirar. Lá pelas 3h eu a Gi voltamos para o hostel, a Ane (mega baladeira) ficou lá até às 6h da manhã. Durante o dia ficamos impressionadíssimas com a quantidade de casais homossexuais que víamos em Ipanema.
Sábado, caminhada na praia, bondinho do Pão de Açúcar e Corcovado. Fomos cedo pegar o bondinho, na metade da subida me dou conta que as pilhas da minha máquina não estavam carregadas. Que coisa, sem fotos do Pão de Açúcar. Ainda bem que a Ane estava com a máquina dela. Tiramos muitas fotos, a vista lá de cima realmente é linda!!! Na volta o tempo começa a fechar e resolvemos voltar para o hostel e ir ao Cristo só de tarde, se o tempo abrir. Na volta, no ônibus roubaram a máquina da Ane e o dinheiro, de dentro da bolsa dela. Baixo astral geral, ficamos mal e isso nos fez lembrar que estávamos no Rio de Janeiro. Abolimos o ônibus e passamos a andar só de táxi, que não é caro. Pior, ficamos só com três fotos do Pão de Açúcar, que estavam na minha máquina e foram tiradas durante a subida do bondinho.
À tarde fomos à praia, deu pra ficar bem vermelhinha. De noite e já mais animadas, fomos para a Lapa, mais precisamente para o Rio Scenarium, um bar com roda de samba e pista de música eletrônica dentro de um antiquário. Parecia ser incrível, afinal a ideia era bem legal. Fomos cedo, às 22h já estávamos na fila. Fila que estava enorme e acabou com o meu humor. Só conseguimos entrar meia noite e meia e quando eu entrei, vi o lugar mais bizarro que já tive. Era uma parede de cada cor, cheio de cadeiras penduradas no teto, uns corredores estreitos, sofás mofados... Achei tudo de mau gosto. Gostei tanto que dei uma volta, fui no banheiro e meia hora depois estava dentro de um táxi, que não entendia como eu não tinha gostado do Rio Scenarium!? Como eu já tava irritada não expliquei. Foi a pior balada da minha vida, em plena Lapa, no Rio de Janeiro.
No domingo o tempo amanheceu tri nublado e adiamos, mais uma vez, a ida ao Cristo. Demos a tradicional caminhada na praia e passamos na Feira Hippie de Ipanema, foi lá que meu tio nos falou que a rua Farme do Amoedo era um tradicional e conhecido lugar GLS e isso explicou muita coisa. Foi ele também que nos falou que a favela que tinha na esquina da rua que estávamos e ficava totalmente escondida entre os prédios, era o Morro do Cantagalo, que é junto com o Morro do Vidigal, as duas únicas favelas que ficam na zona sul do Rio. Depois fomos à praia, mas antes das 13h já estava chovendo e não parecia que ia parar...
Resolvemos ir almoçar e passar a tarde no shopping do Leblon. E até eu que não sou uma pessoa consumista, adorei fazer comprar no Leblon, me senti... De tardezinha, a chuva persistia firme e forte, o que nos fez ficar no hostel, lendo, dormindo, falando com o povo... De noite, a Ane foi pra balada e eu e a Gi, que só gostamos de programas de velhos, fomos jantar no Leblon e depois passamos no Sindicato do Chopp em Ipanema para tomar umas cervejas. A Ane outra vez, amanheceu na balada. Essa foi sem dúvida a melhor noite no Rio. Nda de muito tumulto, de homem bêbado nos agarrando, de cabelo fedendo a cigarro...
Segunda-feira, nosso último dia. Acordamos cedo, café reforçado e táxi até o ponto para pegar o trem do Corcovado e ir até o Cristo. Foi de longe, o que mais gostei. Aquele trenzinho que sobre até o corcovado é tudo! Quando o grupo de samba entrou e começou a tocar “Cidade Maravilhosa”, me emocionei. De verdade, acho que isso mostra como realmente estou melhor. Até sambar, sambei, morro acima e tudo! Foi tri divertido. Chegando lá no Cristo, vimos muitos, mas muitos turistas num empurra-empurra danado. A tradicional foto de braços abertos com o Cristo no fundo foi impossível de tirar sem uns 10 desconhecidos atrás, fazendo a mesma posse. Turistas... O Cristo é lindoooooooooo e a vista de lá, mais ainda. Chegamos lá em cima com o tempo meio fechado, então chegamos a ver as nuvens se dissipando e a cidade surgindo lá embaixo. Foi muito melhor se o tempo estive o tempo todo aberto...
Na tarde praia e praia. Ipanema lotadíssima. Nem Tramandaí fica tão cheia. Não tinha mais cadeiras para alugar. E se não ficassem na beirada do mar, com as ondas o tempo todo vindo e levando nossas coisas para longe, tínhamos que ficar quase colada no calçadão, onde o povo mija e o fedor de xixi é insuportável. No nosso último dia conhecemos o significado do verso que diz “Rio 40 graus”. Suávamos loucamente na beira da mar. Saímos cedo da praia, fomos nos refrescar tomando banho (de chuveiro) e rumamos para Copacabana, jantar, caminhar na beira mar e ir na feirinha. Na volta, mais uma passada na praia de Ipanema, olhamos aquele mar pela última vez nessa viagem e conversamos com a Iemanjá, pedimos, entre outra coisas, pra voltarmos logo.
O pior do Rio? A sujeira na areia da praia. Horrível e lamentável. A gente tem que disputar espaço com latinhas de refri e cervejas, garrafas de plásticos, cocos, resto de comidas e cadeiras... Isso não precisava. Havia até pombas na areia. No meio do banho de sol, elas davam rasantes sobre as nossas cabeça.
Voltamos para o hostel, deitamos para decidir onde iríamos na nossa última noite, na acabamos pegando no sono com a porta do quarto aberta e tudo, luz acessa, de roupas, até que alguém de madrugada acordou e fechou tudo... Na terça, deveríamos acordar às 5h, pois às 5h50, o táxi nos pegaria para levar até o aeroporto. Mas acordamos, por milagre, às 5h40! Foi uma correria total e a Ane ficou sem a chapinha no cabelo. No aeroporto esperamos mais de uma hora, porque tinha escala em Curitiba e lá tinha muita neblina... Chegamos em Porto Alegre no início da tarde e quando avistamos nossas malas na esteira, tivemos a certeza de que a viagem tinha sido perfeita!!!! E foi!!!!
Thursday, November 05, 2009
A velocidade da vida
Nossa, exatamente uma semana atrás estava chegando no Rio de Janeiro para passar quatro dias. E esses quatro dias já passaram, eu já fui, já voltei. A viagem que planejei tanto já é só lembrança.
Foram quatro dias incríveis! E desde que voltei, na terça, não parei, ainda nem descansei e tem um monte de coisa pra fazer. Tenho que escrever para o blog, um texto sobre o Rio (claro!), sobre a internet, sobre as pessoas... Tenho que escrever tudo isso também no meu diário (sim, eu tenho diário). Quero ir com calma na Bienal e tempo na Feira do Livro.
Quero ir no cinema olhar Te amarei para Sempre, mas não tenho nem idéia de quando vou ter tempo pra isso. Tenho que fazer minhas unhas e pintar meus cabelos (to quase loira). Tenho um monte de trabalho para a pós pra fazer, fora o projeto da monografia. O trabalho na CUT tá num ritmo alucinante: Marcha do Sem, Marcha em Brasília, Conferências de Comunicação, Fórum Social Mundial...
E desde terça já fiz tanta coisa que parece que já voltei há muito mais tempo. Gosto de ter o que fazer, mas às vezes a velocidade alucinante da vida, dá medo. Eu não me importo de fazer mil coisas, mas quero ter consciência disso, quero viver de fato e não levar a vida no piloto automático.
Só hoje que consegui passar os olhos nos blogs que leio, e li um texto lindo da Jac falando sobre as pessoas que entram na nossa vida e temos que valorizar, embora nem sempre elas saibam disso ou mereçam. E eu que oscilei tanto hoje entre a alegria, a expectativa, o cansaço intenso, a depressão pós viagem incrível e a tristeza que me dá ao lembrar que é quase ano que vem... Me vi naquele texto da minha amiga e entendo a frase linda e triste que ela colocou no seu MSN, que fala sobre asas quebradas...
Antes de eu ir para o Rio, na tarde de quinta-feira, eu chutei o balde, liguei, mandei e-mail, me declarei, não deixei dúvida nenhuma. Agora eu tô aqui, com saudade do Rio, não porque a viagem foi incrível e lá é uma cidade realmente maravilhosa, mas porque eu andava com aquela expectativa boa de que tudo vai dar certo e agora eu tenho a certeza triste de que nossa história acabou antes mesmo de começar.
Foram quatro dias incríveis! E desde que voltei, na terça, não parei, ainda nem descansei e tem um monte de coisa pra fazer. Tenho que escrever para o blog, um texto sobre o Rio (claro!), sobre a internet, sobre as pessoas... Tenho que escrever tudo isso também no meu diário (sim, eu tenho diário). Quero ir com calma na Bienal e tempo na Feira do Livro.
Quero ir no cinema olhar Te amarei para Sempre, mas não tenho nem idéia de quando vou ter tempo pra isso. Tenho que fazer minhas unhas e pintar meus cabelos (to quase loira). Tenho um monte de trabalho para a pós pra fazer, fora o projeto da monografia. O trabalho na CUT tá num ritmo alucinante: Marcha do Sem, Marcha em Brasília, Conferências de Comunicação, Fórum Social Mundial...
E desde terça já fiz tanta coisa que parece que já voltei há muito mais tempo. Gosto de ter o que fazer, mas às vezes a velocidade alucinante da vida, dá medo. Eu não me importo de fazer mil coisas, mas quero ter consciência disso, quero viver de fato e não levar a vida no piloto automático.
Só hoje que consegui passar os olhos nos blogs que leio, e li um texto lindo da Jac falando sobre as pessoas que entram na nossa vida e temos que valorizar, embora nem sempre elas saibam disso ou mereçam. E eu que oscilei tanto hoje entre a alegria, a expectativa, o cansaço intenso, a depressão pós viagem incrível e a tristeza que me dá ao lembrar que é quase ano que vem... Me vi naquele texto da minha amiga e entendo a frase linda e triste que ela colocou no seu MSN, que fala sobre asas quebradas...
Antes de eu ir para o Rio, na tarde de quinta-feira, eu chutei o balde, liguei, mandei e-mail, me declarei, não deixei dúvida nenhuma. Agora eu tô aqui, com saudade do Rio, não porque a viagem foi incrível e lá é uma cidade realmente maravilhosa, mas porque eu andava com aquela expectativa boa de que tudo vai dar certo e agora eu tenho a certeza triste de que nossa história acabou antes mesmo de começar.
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