Tuesday, April 21, 2009

De porre

E esse tal de chop em litros não acaba mais. Já estamos no segundo canecão de 6 litros... Já devo estar, no mínimo, bem alegrinha, não paro de rir. Penso na minha amiga que foi embora pra Curitiba e sempre falou que queria me ver de porre. O momento chegou e ela não aqui. Me dá saudade. Sinto vontade de chorar...

Me recomponho a tempo, bêbada sentimental e chorona não dá. O namorado grisalho da minha amiga de 19 anos vai pagar mais seis litros de chop! Nós estamos em cinco, quantos litros será que dá pra cada uma? Ainda bem que a Tati é enfermeira...

A Lú vem com um copo cheio pra mim, dizendo “bebe porque a Clara tá tomando todas e tá dirigindo...” Cadê o cara que eu tava conversando? Como é mesmo o nome dele? Marcelo, Márcio, Mauro, Ma-alguma-coisa-que-já-me-esqueci. Ele tava de vermelho parece... Mas porque beijei o cara de camisa verde?

Saco! Preciso fazer xixi, onde é o banheiro? Espero que seja bem perto e que eu consiga ir até lá em linha reta! Por que cerveja engorda tanto se a gente toma um pouquinho e faz um monte de xixi? Claro que tem fila no banheiro. Preciso me escorar na parede. Minha vez. Sentei. Tá tudo girando! Coloco uns chicles na boca... Lavo o rosto. Acho que tô melhor.

Volto pra mesa. A Lú tá pra lá de Bagdá! Pior que eu! Já tá dando cerveja pra Clara, falando que a Tati tem que dirigir depois. Que dor nos pés, vou me sentar um pouquinho. Acho que o pior da bebedeira tá passando. Começa a tocar “Sandra Rosa Madalena”, eu levanto da cadeira num pulo e danço loucamente. Pego uma flor do enfeite da mesa e ponho na boca, bato um pé e as mãos. Tô mais bêbada que nunca.

O comedor velho da minha amiga tá com fome e é o único que não tá bebendo. Esperto ele, deve tá rindo da nossa cara. Bom, ele resolve pedir batatas fritas. Que bom, também vou comer alguma coisa e voltar pro meu estado normal. Não tem chocolate aqui pra vender. Dizem que chocolate é bom pra curar bebedeira. Vai uma Coca-cola mesmo.

Achei o Ma-alguma-coisa-que-já-me-esqueci, ele tá num camarote. Vou lá me sentar um pouco e tentar manter uma conversa de gente sóbria e inteligente. Ele diz que eu e minhas amigas já estamos no quinto canecão de 6 litros. Eu não acredito. Ele me diz que se ficar comigo é capaz de entrar em coma alcoólico. Palhaço! Levanto e vou dançar com as minhas amigas.

A Clara tem a gloriosa idéia de ir até o DJ pedir que ele toque alguma música da Madonna, já que todas nós nos conhecemos no show dela. O DJ toca “Like a Virgin” e diz que é em nossa homenagem. A gente agradece, caprichamos na dança e nos gritinhos de “uh” do refrão. “Like virgin, uh!”

Vou ver se acho o cara da camisa verde que fiquei. A Lú já tá desmaiada em cima de uma mesa. A Clara parece a mais sóbria de todas, mesmo sendo a que mais bebeu. O velho chato que come minha amiga começou a incomodar para ir embora, pois no outro dia tem que acordar cedo pra assistir a Fórmula 1. A Tati foi pra pista dance pegar um galeto. Eu não achei o cara da camisa verde e acabei no bar pedindo uma Smirnoff. O que é 500 ml de Smirnoff pra quem tomou litros e litros de chop?

Acabou? Cadê a música? Ih... Parou por quê? Por que parou? Fim de festa, game over. Mas recém é 5h30 da madrugada de domingo, se a noite é uma criança, o dia é um recém nascido. Como vou embora? Durmo na casa da Lú, que tá no banheiro vomitando ou encaro o trem às 6h da manhã? Que saco morar no interior!!!

Na saída o namorado mais velho e gente fina da minha amiga vem nos apresentar um amigo da terceira idade, é o gerente! Grande tiozão, além de bancar litros e litros de chop, é amigo do gerente! Grande gerente, o tio Pedrinho, nos deu um baita de desconto. Te procurar da próxima vez que a gente não pega fila? Claro, pode deixar. Vai ver ele pensou que a bebedeira iria nos deixar desmemoriadas... Coitado, não imagina o prejuízo que vai ter.

1 comment:

Jac said...

mas hein, onde foi isso? sem fila, vou junto \o
hehehe
faz mto tempo que não bebo assim, pq sempre to dirigindo...