Outro dia ouvi uma história bastante interessante sobre mágoa. Um senhor me explicou que a palavra mágoa vem da expressão "má água". E que as más águas são as que ficam paradas, não são renovadas e acabam apodrecendo. As nossas mágoas aconteceriam porque não renovamos nossas energias, ficamos remoendo sentimentos e como as águas paradas, acabam apodrecendo e nos fazendo mal.
Gostei da metáfora. O problema é que nem sempre conseguimos fazer as águas seguirem seu curso com uma certa rapidez. E digo mais, não é difícil essas águas formarem redemoinhos, que fazem nossos pensamentos ficarem rodando, rodando, rodando, a gente não sai do lugar e quando percebemos, perdemos um tempo danado e é aí que nos damos conta que a mágoa tá nos prejudicando.
Depois disso a gente começa a fazer questão de renovar as energias. E renovamos. E as águas retomam seu curso, mas a gente não esquece. Na Páscoa eu sempre acabo lembrando as águas paradas que já cultivei. É inevitável. E daí sempre acho que a mágoa tá lá, mais amena, mais serena (se é que isso é possível), mas tá lá!
Contraditório? Hum, acho que não. Fiz um esforço danado pra renovar as tais águas paradas, só que o aquário onde guardei os teus olhos azuis, eu escondi tão bem que não acho pra trocar a água.
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