É lugar comum! Todo final de ano surgirem listas. De tudo. Então vou fazer a minha! Embora os chame de “os melhores”, as pessoas aqui citadas foram as que entraram na minha vida nesse ano que está acabando. Não são melhores, nem piores, mas importantes!
Lá, no início de 2006 e na Guarda estavam a Tatá, que vai ficar sempre no coração por tudo que me ensinou. O Lucas, grande parceiro e surfista! A Carol, espanhola que veio ficar alguns dias, quebrou o pé no segundo passo que deu em terras brasileiras, ficou todo o verão e agora deve estar mochilando em algum lugar do mundo. O Érico, doce e lindo, como todo poeta. A Suzane, uma sueca que adora o Brasil e uma boa balada. A Paulinha, a Dé, o Negão, o Paulista, a Marina... Gente, que verão o nosso!? Quanta praia, sol, pizza, luaus, baladas, risadas...
Depois veio a dança, que aos poucos se transformou em uma grande paixão, graças a Cris, será que um dia danço como você? A Eliane, que sabe transformar as coisas num espetáculo, como a vida deveria ser. Com as batidas laterais e oitos, veio também a Lê (você dispensa comentários), a Jô, a Consuelo, a Leila, a Carla, a Carina. Adorei! Que venham mais apresentações e principalmente espetáculos, com lenços, espadas, frio na barriga, ansiedade, luzes e aplausos!
O Inema, mais que colegas, trouxe amigos. A docinho da Élen, a Michele, a louca da Raquel, a Fernanda e depois a Gaby, que transformou todas nós em perkanhas e de quebra trouxe o Kurtz, o Mingo, o Paulinho, o Pedrinho e a Cris que manda bolo para mim. (Será que nossas fotos nos condenam?) A Vanessa já fazia parte da vida e da profissão, mas a Gaby só fez aumentar o carinho que sinto por ela. Depois veio a Fabi e o Bem da Fabi. Fora o Ulisses, o Marcelo, parceiros de baladas e de time! Somos campeões. O gremistinha do Fabiano (ainda bem que teu filho te salva!). Tem também o Nego Mário, a Elisa, a Elis, a Sol, a tia Meg e na finaleira do ano, aparece a Lú, que logo se adaptou ao clube! Tri perkanha!
Em um único final de semana na praia, trabalhei, treinei o inglês, fiz festa e conheci tanta gente! Jana, te adoro, agora ouço Ultramen e lembro de ti! Aninha, sempre tão séria no telefone, mas tri festeira! A Paty e o Ludov, que vivem um lindo amor francês. Mônica, querida! O João, o Led, o Tchello, o Zé, o Fragoso, o Xan, o Gil, o Pierre, o Jimmy. Aaron, you’re so cute! Kevin you’re crazy man!!! But I loved meet you guys! It’s true, I don’t smoke marijuana! Hehehe...
E a Carol, até então era só uma colega de aula! Se transformou numa baita amiga! Valeu, por tudo, mesmo! A Andiara que deu sorte em namorar o Júnior e ter eu como prima! O Ramon que nasceu e ganhou um texto! Claro que perdi também, pessoas e oportunidades. Poderia ter dado valor e não dei, poderiam ter me dado valor! Agora é tarde... Mas fazendo esse texto percebei que ganhei muito mais que perdi! As pessoas que se escondem atrás desses nomes fizeram muita diferença nesse ano! Algumas, espero que permaneçam por uma vida, outras sei que foram de passagem, mas valeu por termos nos cruzado!
Feliz 2007 e que cada pessoa se torne uma novidade, uma lembrança e a certeza de que no fim, o ano foi ótimo e o próximo será melhor ainda, pois companhia não irá faltar!
Thursday, December 28, 2006
Friday, December 01, 2006
Ainda não...
Enquanto estava contigo e você me achava distraída demais, eu estava sempre prestando, muita, atenção em cada detalhezinho, para guardar em algum lugar dentro de mim. O problema é que agora, por mais que procure novos caminhos, na minha saída sempre há você. Não só na saída, em cada esquina, em cada rua, em cada praça...
Por mais que acorde bem, saia apressada e atrasada como sempre, tô com mil coisas na cabeça e desejo um dia com 48 horas para eu dar conta de tudo... Passa algum ônibus que peguei com você, vejo uma placa na rua, acho que enxerguei alguém parecido com você, ou passa uma pessoa por mim usando o seu perfume para eu esquecer de todas as coisas e me lembrar de como arrumaria tempo para você e desejo apenas a noite para eu poder dormir logo e poder chorar.
Sim, chorar não é mais uma crise, é um hábito. O hábito que arrumei para aliviar a falta que você me faz. Às vezes deito na cama e lembro de algo muito legal, mas me lembro também que seria mais legal ainda se pudesse te contar. Aí choro. Por isso, por tudo que me fez lembrar de ti e da tua indiferença.
Tem dias que eu dou muita risada, até pareço ridiculamente feliz. Mas é só um disfarce, uma cena básica, ao menos posso tentar ser atriz se minha carreira jornalística não der certo. Você se tornou minha única inspiração, mas uma inspiração distante demais. Será que se você lesse esse texto, se identificaria? Você com todos os defeitos que eu sempre gostei, com esse ar de quem sabe tudo que você gosta de exibir? Com tudo que te fez tão especial e ao mesmo tempo só mais um idiota que eu preciso esquecer? Com suas pintinhas nas costas que eu sempre adorei e, aposto você não imaginava...
Meu dia tinha que ter 48 horas para eu dar conta de tudo. Ou ser apenas uma noite seguida de outra. O tempo está passando! E não cura nada, só te torna ainda mais distante de mim! Me acostumei com a dor, é aguda e continua, me permite viver, rir e até ser feliz, mas é como um soco no estômago quando tudo está muito bem e de repente o nó na garganta me aperta. É a saudade que eu sinto de ti que se tornando física e me lembrando que nem tudo tá tão bem assim.
Não agüento mais disfarçar que está tudo bem, quando não está. Odeio ser uma amiguinha no orkut, odeio vê você feliz nas fotos e saber que não faço parte de nada disso. Não agüento mais manter a posse de moça decidida que sabe o que quer. Sim, eu sei o que eu quero, mas isso adianta o quê? Não acho a saída desse labirinto que tem teu nome, teu rosto, tua pele, teu gosto e quanto mais eu procuro, mais eu me perco.
Não tenha dúvida: Ainda não deixei de gostar de ti! Mas tô quase!
Por mais que acorde bem, saia apressada e atrasada como sempre, tô com mil coisas na cabeça e desejo um dia com 48 horas para eu dar conta de tudo... Passa algum ônibus que peguei com você, vejo uma placa na rua, acho que enxerguei alguém parecido com você, ou passa uma pessoa por mim usando o seu perfume para eu esquecer de todas as coisas e me lembrar de como arrumaria tempo para você e desejo apenas a noite para eu poder dormir logo e poder chorar.
Sim, chorar não é mais uma crise, é um hábito. O hábito que arrumei para aliviar a falta que você me faz. Às vezes deito na cama e lembro de algo muito legal, mas me lembro também que seria mais legal ainda se pudesse te contar. Aí choro. Por isso, por tudo que me fez lembrar de ti e da tua indiferença.
Tem dias que eu dou muita risada, até pareço ridiculamente feliz. Mas é só um disfarce, uma cena básica, ao menos posso tentar ser atriz se minha carreira jornalística não der certo. Você se tornou minha única inspiração, mas uma inspiração distante demais. Será que se você lesse esse texto, se identificaria? Você com todos os defeitos que eu sempre gostei, com esse ar de quem sabe tudo que você gosta de exibir? Com tudo que te fez tão especial e ao mesmo tempo só mais um idiota que eu preciso esquecer? Com suas pintinhas nas costas que eu sempre adorei e, aposto você não imaginava...
Meu dia tinha que ter 48 horas para eu dar conta de tudo. Ou ser apenas uma noite seguida de outra. O tempo está passando! E não cura nada, só te torna ainda mais distante de mim! Me acostumei com a dor, é aguda e continua, me permite viver, rir e até ser feliz, mas é como um soco no estômago quando tudo está muito bem e de repente o nó na garganta me aperta. É a saudade que eu sinto de ti que se tornando física e me lembrando que nem tudo tá tão bem assim.
Não agüento mais disfarçar que está tudo bem, quando não está. Odeio ser uma amiguinha no orkut, odeio vê você feliz nas fotos e saber que não faço parte de nada disso. Não agüento mais manter a posse de moça decidida que sabe o que quer. Sim, eu sei o que eu quero, mas isso adianta o quê? Não acho a saída desse labirinto que tem teu nome, teu rosto, tua pele, teu gosto e quanto mais eu procuro, mais eu me perco.
Não tenha dúvida: Ainda não deixei de gostar de ti! Mas tô quase!
Wednesday, November 29, 2006
A arte de habitar
Mais um texto elogiado na aula de redação!
O homem ao querer comprar uma casa, se deparou com o financiamento imobiliário. Homem simples, com pouco estudo, sentiu a complicação de uma linguagem difícil. Antes de entrar na casa, entrou em filas, muitas. Fila no banco, fila no cartório, fila para conseguir o seu lote, fila na Secretaria de Habitação, e fila, e fila, e fila e ele fica.
No banco, adquiriu uma dívida que pagaria nos próximos vinte anos, Teve que ir e voltar, muitas vezes, pois sempre pediam algum documento que ele nem sabia que existia. Depois de quitar os cinco primeiros anos, o homem poderia escolher seu lote. Ou, o seu pedaço de chão.
No cartório, mais documentos lhe foram apresentados. Mais espera. Ao menos, agora tinha um pré contrato, que lhe davam alguns direitos, pelo menos fora o que a atendente do cartório falara. Mas ele esqueceu de perguntar quais direitos eram esses e a moça não se lembrou de explicar.
No loteamento “Morada Nova”, nova espera. Escolher seu pedaço de chão? Impossível. O jeito é rezar para lhe darem um lote de frente para uma rua calçada. Muitos na sua frente. Lote um para fulano, lote dois para siclano...
Sua ficha era a cento e vinte e um, os lotes iam apenas até o cento e vinte. Espera a abertura de mais um loteamento.
Falaram que na Secretaria de Habitação ele pode reclamar, parece que é na prefeitura. Achou, chegou, pegou uma ficha e esperou na fila. A atendente pública disse que aquele documento não lhe garantia nada. Mas a moça do cartório falou. O quê? Nem o homem lembra. Tem que fazer um documento novo, com o seu nome e, claro, pagar uma taxinha, trazer documentos, ficar em filas, pagar mais uma taxinha para retirar a documentação necessária.
Com toda a papelada na mão, resolveu falar com o Prefeito, saber quando iriam abrir mais um loteamento. Só no ano eleitoral. Só mais alguns anos, durante isso já vai fazendo campanha e entregando santinho. E espera mais um pouco.
Quinze anos depois da primeira fila no banco e meses antes de uma eleição, ele conseguiu o seu pedaço de chão, cedido numa rua calçada, mas sem serviço de esgoto. Agora é construir. Quando o homem foi levantar a sua casa, bateu a fiscalização, a obra era irregular.
O homem ao querer comprar uma casa, se deparou com o financiamento imobiliário. Homem simples, com pouco estudo, sentiu a complicação de uma linguagem difícil. Antes de entrar na casa, entrou em filas, muitas. Fila no banco, fila no cartório, fila para conseguir o seu lote, fila na Secretaria de Habitação, e fila, e fila, e fila e ele fica.
No banco, adquiriu uma dívida que pagaria nos próximos vinte anos, Teve que ir e voltar, muitas vezes, pois sempre pediam algum documento que ele nem sabia que existia. Depois de quitar os cinco primeiros anos, o homem poderia escolher seu lote. Ou, o seu pedaço de chão.
No cartório, mais documentos lhe foram apresentados. Mais espera. Ao menos, agora tinha um pré contrato, que lhe davam alguns direitos, pelo menos fora o que a atendente do cartório falara. Mas ele esqueceu de perguntar quais direitos eram esses e a moça não se lembrou de explicar.
No loteamento “Morada Nova”, nova espera. Escolher seu pedaço de chão? Impossível. O jeito é rezar para lhe darem um lote de frente para uma rua calçada. Muitos na sua frente. Lote um para fulano, lote dois para siclano...
Sua ficha era a cento e vinte e um, os lotes iam apenas até o cento e vinte. Espera a abertura de mais um loteamento.
Falaram que na Secretaria de Habitação ele pode reclamar, parece que é na prefeitura. Achou, chegou, pegou uma ficha e esperou na fila. A atendente pública disse que aquele documento não lhe garantia nada. Mas a moça do cartório falou. O quê? Nem o homem lembra. Tem que fazer um documento novo, com o seu nome e, claro, pagar uma taxinha, trazer documentos, ficar em filas, pagar mais uma taxinha para retirar a documentação necessária.
Com toda a papelada na mão, resolveu falar com o Prefeito, saber quando iriam abrir mais um loteamento. Só no ano eleitoral. Só mais alguns anos, durante isso já vai fazendo campanha e entregando santinho. E espera mais um pouco.
Quinze anos depois da primeira fila no banco e meses antes de uma eleição, ele conseguiu o seu pedaço de chão, cedido numa rua calçada, mas sem serviço de esgoto. Agora é construir. Quando o homem foi levantar a sua casa, bateu a fiscalização, a obra era irregular.
Thursday, November 09, 2006
Para alguém bem perto
“...eu te procurei pra me confessar. Eu chorava de amor e não porque eu sofria”
Uns Dias – Paralamas do Sucesso
Aconteceu. Me apaixonei por você e sei que não devia. Você é um galinha, fica com todo mundo e não dá valor para ninguém, claro que o que importa, no caso, é dar valor para mim! E eu não sei o que fazer. Não é o fato de você não gosta de mim que me faz sofrer. É justamente, o contrário que me machuca, é eu gostar de você e saber que isso não serve de nada. Puro egoísmo da minha parte, pois queria você porque me sentia bem ao seu lado.
Gosto tanto que preferia não sentir isso, não por mim, mas por você, que se incomoda com o que eu sinto. Claro que sofro! Não sei o que fazer com o sentimento que está transbordando. Amor reprimido vira ódio e eu não quero te odiar. A saudade que sinto sufoca, me faz perder o ar e às vezes, até o chão. Mas a saudade que mais dói é a do que poderia ter acontecido.
Não vamos no cinema, nem na praia e nem no gazômetro. Não vou mais te fazer massagem. Não sei o que você achou do meu cabelo, nem como vai o seu serviço. Não posso te beijar quando tenho vontade (e tenho essa vontade sempre), nem te abraçar e muito menos te ligar. Não vou mais sentir a sensação de paz que você me trazia e nem você vai rir da minha mania de comer picolé. Não vai poder falar das minhas unhas vermelhas, não vai me ver dançar, não vai ouvir eu falar do livro que eu tô lendo. Não vou poder te mostrar a minha roupa da dança do ventre, nem falar como foi a apresentação, nem que voltei a fazer análise. Você não vai chorar por mim, muito menos, sorrir para mim!
Odeio o “oi burocrático” que você me dá quando me encontra. Como odiava, mais ainda, a mania que você tinha de apagar os scraps que eu te mandava, será que tu não percebia que isso dava mais bandeira? Adiantaria te chamar de burro e cego porque eu sou inteligente, tenho senso de humor, não sou feia e principalmente, sou louca por você. E só você não vê? Ou devo prometer para o papai do céu que eu vou me comportar e ser uma boa menina se ele te trazer de volta?
Carrego uma carta que fiz para você todo dia, não vou entregar porque não quer receber e não tenho coragem de jogar fora. O que eu faço com o que sinto por você? Ponho no lixo? Junto com as muitas possibilidades que estavam na nossa frente e você descartou? Amor acaba, estraga e até apodrece. Possibilidades não vividas viram arrependimentos e lamentações. Eu choro por causa de um sentimento desperdiçado e você? Pior do que acabar e não ter tido coragem de começar!
Uns Dias – Paralamas do Sucesso
Aconteceu. Me apaixonei por você e sei que não devia. Você é um galinha, fica com todo mundo e não dá valor para ninguém, claro que o que importa, no caso, é dar valor para mim! E eu não sei o que fazer. Não é o fato de você não gosta de mim que me faz sofrer. É justamente, o contrário que me machuca, é eu gostar de você e saber que isso não serve de nada. Puro egoísmo da minha parte, pois queria você porque me sentia bem ao seu lado.
Gosto tanto que preferia não sentir isso, não por mim, mas por você, que se incomoda com o que eu sinto. Claro que sofro! Não sei o que fazer com o sentimento que está transbordando. Amor reprimido vira ódio e eu não quero te odiar. A saudade que sinto sufoca, me faz perder o ar e às vezes, até o chão. Mas a saudade que mais dói é a do que poderia ter acontecido.
Não vamos no cinema, nem na praia e nem no gazômetro. Não vou mais te fazer massagem. Não sei o que você achou do meu cabelo, nem como vai o seu serviço. Não posso te beijar quando tenho vontade (e tenho essa vontade sempre), nem te abraçar e muito menos te ligar. Não vou mais sentir a sensação de paz que você me trazia e nem você vai rir da minha mania de comer picolé. Não vai poder falar das minhas unhas vermelhas, não vai me ver dançar, não vai ouvir eu falar do livro que eu tô lendo. Não vou poder te mostrar a minha roupa da dança do ventre, nem falar como foi a apresentação, nem que voltei a fazer análise. Você não vai chorar por mim, muito menos, sorrir para mim!
Odeio o “oi burocrático” que você me dá quando me encontra. Como odiava, mais ainda, a mania que você tinha de apagar os scraps que eu te mandava, será que tu não percebia que isso dava mais bandeira? Adiantaria te chamar de burro e cego porque eu sou inteligente, tenho senso de humor, não sou feia e principalmente, sou louca por você. E só você não vê? Ou devo prometer para o papai do céu que eu vou me comportar e ser uma boa menina se ele te trazer de volta?
Carrego uma carta que fiz para você todo dia, não vou entregar porque não quer receber e não tenho coragem de jogar fora. O que eu faço com o que sinto por você? Ponho no lixo? Junto com as muitas possibilidades que estavam na nossa frente e você descartou? Amor acaba, estraga e até apodrece. Possibilidades não vividas viram arrependimentos e lamentações. Eu choro por causa de um sentimento desperdiçado e você? Pior do que acabar e não ter tido coragem de começar!
Monday, October 30, 2006
Promessas eternas
Tenho uma dívida com a loirinha bochechuda que eu fui um dia. Prometi várias coisas para a vida dela e, à medida que ela foi crescendo e se dando conta do compromisso, começou a me cobrar!
Quando ela era a mais tímida da turma e tinha até vergonha de responder a chamada, prometi que ela teria uma profissão onde fosse obrigada a falar e se mostrar. Hoje, faço jornalismo. Teve uma época que ela se achava normalzinha demais, apagada até, prometi algumas cores para a vida toda. Fiz a primeira tatuagem com 14 anos e me orgulho das corres que carrego pelo corpo. Durante muito tempo meu cabelo foi roxo ou verde.
Quando ela achava que vegetarianos eram malucos demais, prometi que um dia ela seria como eles e que sobreviveria muito bem sem ingerir defunto. Há quatro anos não sei mais o gosto que tem um pedaço de carne e mostrei para ela que vegetarianos não morrem de fome, muito pelo contrário, comem muito bem.
Ela passou cinco anos indo a fonoaudiólogas para aprender a falar corretamente e eu prometendo: calma, um dia você não vai falar só português. Já dei aulas de inglês. Ela lia livros de detetives e queria ser como eles, então prometi que um dia investigar não seria ficção e adivinha: Me tornei uma detetive. Não trabalho diretamente com isso, mas entendo muito ofício investigativo e sei que ela se orgulha do registro na Abin.
Já trabalhei meses numa rádio só por prazer, ela precisava perder o medo que tinha do microfone. Fui integrante de grêmio estudantil e da UNE, era essa a maneira de cumprir a promessa de contribuir com um mundo melhor. Faço dança do ventre porque ela sempre se achou dura demais e assim ela se solta.
Prometi o mundo: amigos interessantes, muitas histórias para contar, uma carreira bem sucedida, alguns livros com o seu nome na capa, um namorado inteligente, gostoso e apaixonado, um show da Madonna, outro do U2, uma copa do mundo, o Caminho de Santiago, uma temporada em Londres, outra na Índia, muitos gibis...
É um mundo de interesses e realizações pessoais que estou buscando. Às vezes desanimo, tenho vontade de subir num lugar bem alto, abrir os braços e ir ver o que tem do outro lado. Mas aí ela aparece, com as bochechas gordas e vermelhas, supera a timidez e me fala com a petulância característica de quem sabe o que quer: “Você me prometeu!” Prometi e confesso: o meu maior medo é decepcionar a criança que eu fui um dia.
Quando ela era a mais tímida da turma e tinha até vergonha de responder a chamada, prometi que ela teria uma profissão onde fosse obrigada a falar e se mostrar. Hoje, faço jornalismo. Teve uma época que ela se achava normalzinha demais, apagada até, prometi algumas cores para a vida toda. Fiz a primeira tatuagem com 14 anos e me orgulho das corres que carrego pelo corpo. Durante muito tempo meu cabelo foi roxo ou verde.
Quando ela achava que vegetarianos eram malucos demais, prometi que um dia ela seria como eles e que sobreviveria muito bem sem ingerir defunto. Há quatro anos não sei mais o gosto que tem um pedaço de carne e mostrei para ela que vegetarianos não morrem de fome, muito pelo contrário, comem muito bem.
Ela passou cinco anos indo a fonoaudiólogas para aprender a falar corretamente e eu prometendo: calma, um dia você não vai falar só português. Já dei aulas de inglês. Ela lia livros de detetives e queria ser como eles, então prometi que um dia investigar não seria ficção e adivinha: Me tornei uma detetive. Não trabalho diretamente com isso, mas entendo muito ofício investigativo e sei que ela se orgulha do registro na Abin.
Já trabalhei meses numa rádio só por prazer, ela precisava perder o medo que tinha do microfone. Fui integrante de grêmio estudantil e da UNE, era essa a maneira de cumprir a promessa de contribuir com um mundo melhor. Faço dança do ventre porque ela sempre se achou dura demais e assim ela se solta.
Prometi o mundo: amigos interessantes, muitas histórias para contar, uma carreira bem sucedida, alguns livros com o seu nome na capa, um namorado inteligente, gostoso e apaixonado, um show da Madonna, outro do U2, uma copa do mundo, o Caminho de Santiago, uma temporada em Londres, outra na Índia, muitos gibis...
É um mundo de interesses e realizações pessoais que estou buscando. Às vezes desanimo, tenho vontade de subir num lugar bem alto, abrir os braços e ir ver o que tem do outro lado. Mas aí ela aparece, com as bochechas gordas e vermelhas, supera a timidez e me fala com a petulância característica de quem sabe o que quer: “Você me prometeu!” Prometi e confesso: o meu maior medo é decepcionar a criança que eu fui um dia.
Monday, October 16, 2006
Um recado para Ramon
Foto:Without you/flickr
Nunca fui muito de crianças, muito menos de recém nascidos, como você! Mas acredite, por mais que não saiba demonstrar, já gosto de ti! Não sei lidar nem com meu afilhado, seu tio. Aliás, podemos fazer um trato: se um dia o Rockson reclamar, você me conta. O que acha?
Graças a Deus, nascestes numa família de colorados, onde a mais fanática por futebol sou eu! Claro, você terá alguns primos e tios que, inexplicavelmente, são gremistas. Prepare-se, pois você ouvirá muitas brincadeiras por causa disso.
Falando em tios e primos, essa sua família é uma loucura! Tem os carecas precoces como o tio Cristiano e os eternos cabeludos como o Miguel, o Doca e o teu avô. Ah, teu avô adora contar histórias e tua avó faz bolos deliciosos, mas odeia sujeira. Teu tio Rockson tem seis anos e é uma figura! Acho que ele vai ter um pouco de ciúme de ti...
A tua tia Amanda não tem nada haver com a sua mãe! A Agnes vai falar muito nos teus ouvidos, ela é uma tagarela. Mas acho que você vai gostar de todos. Ah, só para constar, a minha mãe será a tia que você mais verá, porque é a mais metida da família. E ela adora a Simone e a Moni adora tia Laine... Logo, vai te adorar também! Foi ela que passou todas as suas roupinhas e olha que minha mãe nunca foi muita dada a tarefas domésticas.
É muita gente! É muita gente diferente! Tem os que tão perto, mas parecem distante. Tem os que moram longe, mas estão sempre perto. Às vezes, alguém aparece e fica, como o teu pai! Aliás é só por isso que ele é teu pai. Ele apareceu e foi ficando até que a Moni foi ficando com ele... Um dia eles te explicam!
O bom de gente diferente na família é que a gente cresce com uma cabeça mais aberta do que a maioria das pessoas. E o mundo também é surpreendente! Você vai descobrir tanta coisa: banho de chuva, festa de aniversário, Papai Noel, castigo, flores, praias, vozes, abraços, promessas, música, escola, chão, tombo, machucados, amigos, folhas, bola, meninas, corpo, negrinhos na panela, choro, grito, rua, carro, barulho, cheiro, cabelo, caras e bocas entre um mundão de coisas que vem por aí que eu nem sei!
Odeio aniversários, então já vou desejar agora. Todo de bom para você, uma vida repleta de felicidades, saúde, amor, paz, harmonia... Seja bem vindo à vida!
Ramon nasceu dia 15 de outubro, com 53cm e mais de 3 quilos. Espero sinceramente que ele não passe a vida ganhando um presente só, pelo aniversário e dia das crianças.
Saturday, October 14, 2006
3 x 4
Sou passional. E orgulhosa. E determinada. E disciplinada. E geniosa. E difícil. E leonina. E desconfiada. E companheira. E colorada. E emotiva. E preguiçosa. E vegetariana. E quieta. E ansiosa. E impaciente. E tímida, e como todo tímido pareço medita. Pior que eu gostar de alguém, é eu não gostar.
Gosto de escrever porque tenho uma necessidade de aparecer, sem me mostrar. E também porque sou maior que os meus 1.58 de altura. Quase uma necessidade física. Meu cabelo é castanho, de um castanho claro demais para o meu gosto, e quando eu pinto ele fica legal só no primeiro dia, depois desbota. E quando me olho no espelho parece que eu também desbotei. Meus olhos são azuis, mas ficam verdes quando eu choro.
Gosto de cores. De comer negrinho. De dormir ouvindo música. De cachorro. De banho de chuva. De malhar. De praia. De ler, muito, o tempo todo. Leio de Sartre a Maurício de Souza. Queria ser uma personagem dos livros da Claúdia Tajes ou do Jostein Gaarder. Faço jornalismo. Amo rádio e jornalismo literário. Falo inglês, quero fazer italiano e aprender esperanto. Faço dança do ventre e alguns anos tento tocar violão e fazer malabaris.
Já amei camarão e frango xadrez. Usar só roupa preta. Back Streeet Boys. Aqueles tamancos de plásticos da Melissa. Matar aula e ficar sentada na frente da escola... Ainda bem que a gente muda. Não gosto de gatos. De acordar cedo. De dormir cedo. De silêncio. De ser interrompida quando estou lendo. De carne. Tenho medo de barata, de ser sozinha, de ser abduzida, de ficar triste, muito triste. Já tive depressão e tenho medo de ter de novo. Faço musculação, tentando me tornar uma pessoa mais dura, por dentro e por fora.
Às vezes eu choro antes de dormir, porque sinto saudades, porque gosto de alguém que não gosta de mim, porque queria que ele gostasse de mim, porque lembro de coisas que queria esquecer, porque tenho medo das tais “voltas que o mundo dá...” Porque tenho medo de não ser uma pessoa feliz... Por mil motivos, por tudo. Daí eu rezo e peço pra tudo dar certo, mesmo eu sendo a pessoa egoísta que eu sou. O sono vem e no outro dia eu nem lembro. Mas também não me esqueço.
Tenho uma memória de elefante. E estrelas no meu quarto. E tatuagens. E piercing. E gastrite nervosa. E livros que eu comprei e não vou ler. E cds que me arrependi de ter comprado. E amigos que amo, longe ou perto, os de sempre e os mais recentes. E uma família hilária e enooooooooorme, com todo mundo diferente e igual. A maioria das pessoas não sabe como são importantes para mim.
Odeio minhas orelhas, adoro meus pés. Será que 200 ml de silicone em cada seio me fariam mais feliz? Às vezes tenho certeza que sim, as vezes que não. Cinco centímetros não têm jeito de eu conseguir... Odeio ficar vermelha. E eu sempre fico vermelha, eu nem sinto mais. Agora, quando eu sinto, e porque já estou rosa-xoque. Eu estou sempre gelada. Dizem por aí que “mãos frias, coração quente”, mas eu não sei...
Tem coisas que não cabem numa 3 x 4.
Gosto de escrever porque tenho uma necessidade de aparecer, sem me mostrar. E também porque sou maior que os meus 1.58 de altura. Quase uma necessidade física. Meu cabelo é castanho, de um castanho claro demais para o meu gosto, e quando eu pinto ele fica legal só no primeiro dia, depois desbota. E quando me olho no espelho parece que eu também desbotei. Meus olhos são azuis, mas ficam verdes quando eu choro.
Gosto de cores. De comer negrinho. De dormir ouvindo música. De cachorro. De banho de chuva. De malhar. De praia. De ler, muito, o tempo todo. Leio de Sartre a Maurício de Souza. Queria ser uma personagem dos livros da Claúdia Tajes ou do Jostein Gaarder. Faço jornalismo. Amo rádio e jornalismo literário. Falo inglês, quero fazer italiano e aprender esperanto. Faço dança do ventre e alguns anos tento tocar violão e fazer malabaris.
Já amei camarão e frango xadrez. Usar só roupa preta. Back Streeet Boys. Aqueles tamancos de plásticos da Melissa. Matar aula e ficar sentada na frente da escola... Ainda bem que a gente muda. Não gosto de gatos. De acordar cedo. De dormir cedo. De silêncio. De ser interrompida quando estou lendo. De carne. Tenho medo de barata, de ser sozinha, de ser abduzida, de ficar triste, muito triste. Já tive depressão e tenho medo de ter de novo. Faço musculação, tentando me tornar uma pessoa mais dura, por dentro e por fora.
Às vezes eu choro antes de dormir, porque sinto saudades, porque gosto de alguém que não gosta de mim, porque queria que ele gostasse de mim, porque lembro de coisas que queria esquecer, porque tenho medo das tais “voltas que o mundo dá...” Porque tenho medo de não ser uma pessoa feliz... Por mil motivos, por tudo. Daí eu rezo e peço pra tudo dar certo, mesmo eu sendo a pessoa egoísta que eu sou. O sono vem e no outro dia eu nem lembro. Mas também não me esqueço.
Tenho uma memória de elefante. E estrelas no meu quarto. E tatuagens. E piercing. E gastrite nervosa. E livros que eu comprei e não vou ler. E cds que me arrependi de ter comprado. E amigos que amo, longe ou perto, os de sempre e os mais recentes. E uma família hilária e enooooooooorme, com todo mundo diferente e igual. A maioria das pessoas não sabe como são importantes para mim.
Odeio minhas orelhas, adoro meus pés. Será que 200 ml de silicone em cada seio me fariam mais feliz? Às vezes tenho certeza que sim, as vezes que não. Cinco centímetros não têm jeito de eu conseguir... Odeio ficar vermelha. E eu sempre fico vermelha, eu nem sinto mais. Agora, quando eu sinto, e porque já estou rosa-xoque. Eu estou sempre gelada. Dizem por aí que “mãos frias, coração quente”, mas eu não sei...
Tem coisas que não cabem numa 3 x 4.
Friday, October 06, 2006
Algumas perguntas
Outro dia fiz esse texto para a aula de redação III, o professor gostou e elogiou bastante... Se realmente tá bom, não sei. Mas é verdadeiro, por isso está aqui.
Adoro escrever! Sempre gostei. Acho que esse é um dos principais motivos para eu estar nesse curso. Português e literatura sempre foram minhas matérias preferidas no colégio. Trocava redações por colas nas provas de matemática. Preferia a biblioteca às aulas de educação física. E sempre tive certeza: seja lá o que eu fosse quando crescesse, eu ia escrever.
Notícias? Não gosto muito. Mas está incluído no pacote! Reportagem? Adoro. Perfis, reportagem em aprofundamento, jornalismo literário... Qualquer coisa onde possa brincar um pouco. Mostrar mais e consequentemente descobrir mais. Gosto de dormir tarde porque é a hora que gosto de ler e principalmente escrever.
Depois de alguns 10 em português, zeros em física e química, uma prova de vestibular para jornalismo, o conhecimento do lide e da pirâmide invertida, aqui estou. Escrevendo. Porém me pergunto será que tenho talento para a coisa? Encabeçar a lista da Veja dos mais vendidos não está nos meus planos, mas lançar um ou dois livros está. E agora? Será hobby, profissão, talento ou ilusão?
Até o final do ano eu faço meu blog, não fiz ainda porque tenho um pouco de receio, às vezes a internet me parece “terra de ninguém”. Estipulei até o final do ano, porque algo me diz que está na hora de mostrar o que escrevo, nem que seja para minha mãe e meia dúzia de amigos.
Será a tal crise dos 21 anos? Não sei! O fato é que a possibilidade de passar o resto da vida fazendo algo que eu sempre sonhei assusta. Hoje é só um blog, amanhã é a coragem de bater numa editora. Ontem eu era só a guria que trocava redações por números. Agora é um texto para a aula de redação, depois um texto para o site que trabalho, e depois?
Às vezes a folha em branco se torna algo bem legal, noutras é um lixo. E quem sou eu para julgar? O que o meu estado de espírito entende para achar alguma coisa? Sim, porque é esse o único critério que eu uso: se estou bem, escrevo bem. Se estou mal, escrevo mal! E hoje? Hoje eu estou questionadora! Não sei nem dizer o que é isso que estou escrevendo. Crônica, balela, poesia, conto de fadas, clichês... Para terminar, só mais uma perguntinha: Alguém tem as respostas?
Adoro escrever! Sempre gostei. Acho que esse é um dos principais motivos para eu estar nesse curso. Português e literatura sempre foram minhas matérias preferidas no colégio. Trocava redações por colas nas provas de matemática. Preferia a biblioteca às aulas de educação física. E sempre tive certeza: seja lá o que eu fosse quando crescesse, eu ia escrever.
Notícias? Não gosto muito. Mas está incluído no pacote! Reportagem? Adoro. Perfis, reportagem em aprofundamento, jornalismo literário... Qualquer coisa onde possa brincar um pouco. Mostrar mais e consequentemente descobrir mais. Gosto de dormir tarde porque é a hora que gosto de ler e principalmente escrever.
Depois de alguns 10 em português, zeros em física e química, uma prova de vestibular para jornalismo, o conhecimento do lide e da pirâmide invertida, aqui estou. Escrevendo. Porém me pergunto será que tenho talento para a coisa? Encabeçar a lista da Veja dos mais vendidos não está nos meus planos, mas lançar um ou dois livros está. E agora? Será hobby, profissão, talento ou ilusão?
Até o final do ano eu faço meu blog, não fiz ainda porque tenho um pouco de receio, às vezes a internet me parece “terra de ninguém”. Estipulei até o final do ano, porque algo me diz que está na hora de mostrar o que escrevo, nem que seja para minha mãe e meia dúzia de amigos.
Será a tal crise dos 21 anos? Não sei! O fato é que a possibilidade de passar o resto da vida fazendo algo que eu sempre sonhei assusta. Hoje é só um blog, amanhã é a coragem de bater numa editora. Ontem eu era só a guria que trocava redações por números. Agora é um texto para a aula de redação, depois um texto para o site que trabalho, e depois?
Às vezes a folha em branco se torna algo bem legal, noutras é um lixo. E quem sou eu para julgar? O que o meu estado de espírito entende para achar alguma coisa? Sim, porque é esse o único critério que eu uso: se estou bem, escrevo bem. Se estou mal, escrevo mal! E hoje? Hoje eu estou questionadora! Não sei nem dizer o que é isso que estou escrevendo. Crônica, balela, poesia, conto de fadas, clichês... Para terminar, só mais uma perguntinha: Alguém tem as respostas?
Monday, October 02, 2006
Crias da tecnologia
Foto:Aloha Mamma/flickr
A infância de hoje em dia é indiscutivelmente muito diferente do que a de menos de uma década atrás. Mudanças são comuns de geração em geração, mas o avanço da tecnologia parece ter acelerado as coisas. Além dos computadores, videogames, DVDs e outros aparelhos da casa ou da escola, eles estão muito acostumados com os portáteis pessoais, como celulares e mp3 de música digital.
É indiscutível as mudanças que a tecnologia trouxe para a nossa vida, para o nosso cotidiano. Enquanto muitos adultos ainda estão em fase de adaptação, a maioria das crianças já está totalmente inserida nesse novo contexto tecnológico. A cultura digital, fruto direto da tecnologia.
O repórter Marcelo Miranda do portal Acessa.com, fez uma reportagem onde abordou as crianças e a tecnologia. Ele cita o caso do menino de 10 anos Caio César Silva Lima faz jus a essa cultura. O garoto é usuário praticamente avançado da web, entre outras coisas sabe navegar, usar MSN, tem perfil no Orkut, estuda e pesquisa no computador.
O site Pra Saber mais de Fernando Barrichelo, tem um link chamado Ciência e Tecnologia para as crianças. Onde, entre outras coisas, ensina o funcionamento de inúmeros aparelhos tecnológicos com uma linguagem própria para esses precoces usuários. Para muitos adultos essa facilidade se deve ao fato de "a criança já nascer inserida no mundo da tecnologia".
Especialistas ressaltam que de nada adianta escolas adaptadas com grandes recursos tecnológicos e a convivência precoce com computadores se não saberem qual a função que esta tecnologia pode ter para esta criança.
A infância de hoje em dia é indiscutivelmente muito diferente do que a de menos de uma década atrás. Mudanças são comuns de geração em geração, mas o avanço da tecnologia parece ter acelerado as coisas. Além dos computadores, videogames, DVDs e outros aparelhos da casa ou da escola, eles estão muito acostumados com os portáteis pessoais, como celulares e mp3 de música digital.
É indiscutível as mudanças que a tecnologia trouxe para a nossa vida, para o nosso cotidiano. Enquanto muitos adultos ainda estão em fase de adaptação, a maioria das crianças já está totalmente inserida nesse novo contexto tecnológico. A cultura digital, fruto direto da tecnologia.
O repórter Marcelo Miranda do portal Acessa.com, fez uma reportagem onde abordou as crianças e a tecnologia. Ele cita o caso do menino de 10 anos Caio César Silva Lima faz jus a essa cultura. O garoto é usuário praticamente avançado da web, entre outras coisas sabe navegar, usar MSN, tem perfil no Orkut, estuda e pesquisa no computador.
O site Pra Saber mais de Fernando Barrichelo, tem um link chamado Ciência e Tecnologia para as crianças. Onde, entre outras coisas, ensina o funcionamento de inúmeros aparelhos tecnológicos com uma linguagem própria para esses precoces usuários. Para muitos adultos essa facilidade se deve ao fato de "a criança já nascer inserida no mundo da tecnologia".
Especialistas ressaltam que de nada adianta escolas adaptadas com grandes recursos tecnológicos e a convivência precoce com computadores se não saberem qual a função que esta tecnologia pode ter para esta criança.
O preço da modernidade
Foto:Darniw Bell/flickr
Que a tecnologia trouxe inúmeras mudanças para a nossa vida, percebemos no cotidiano. Muitos pagam caro para se adaptar e aderir a tanta novidade tecnológica, inclusive com a saúde.
A principal característica dessa cultura é a permanente busca pelo novo. Um exemplo claro é quando compramos um celular recém lançado e já tem outro no mercado, que coloca nossa recente aquisição na fila de entrada do museu. Para muitos é um verdadeiro stress a adaptação à esses aparelhos, causando em algumas pessoas um distúrbio chamado tecnoestresse.
Esse distúrbio se caracteriza pela da convivência cada vez maior das pessoas com a tecnologia. “É a irritação que sentimos por não conseguir operar o videocassete novo ou quando ligamos para alguém insistentemente e ouvimos que o telefone celular está fora de área”, explica o psicólogo americano Larry Rosen em entrevista a um site de psicologia. “Veja o caso da internet, a pessoa de perde diante de tanta informação. A conseqüência imediata disso é o stress”, completa.
A edição 419 de 27 de maio de 2006, da Revista Época trouxe uma reportagem sobre a cultura da tecnologia, tão inserida e comentada nos nossos dias. A publicação fornece um mapa desse mundo vasto e fascinante, com o intuito de ajudar os leitores a participar mais intensamente da cultura do nosso tempo. No mesmo exemplar há um teste para ver se a tecnologia estressa o leitor.
Útil e fútil. Necessária e supérflua. Cabe a nós não nos tornamos vítimas dessa realidade que a cada instante bate a nossa porta.
Que a tecnologia trouxe inúmeras mudanças para a nossa vida, percebemos no cotidiano. Muitos pagam caro para se adaptar e aderir a tanta novidade tecnológica, inclusive com a saúde.
A principal característica dessa cultura é a permanente busca pelo novo. Um exemplo claro é quando compramos um celular recém lançado e já tem outro no mercado, que coloca nossa recente aquisição na fila de entrada do museu. Para muitos é um verdadeiro stress a adaptação à esses aparelhos, causando em algumas pessoas um distúrbio chamado tecnoestresse.
Esse distúrbio se caracteriza pela da convivência cada vez maior das pessoas com a tecnologia. “É a irritação que sentimos por não conseguir operar o videocassete novo ou quando ligamos para alguém insistentemente e ouvimos que o telefone celular está fora de área”, explica o psicólogo americano Larry Rosen em entrevista a um site de psicologia. “Veja o caso da internet, a pessoa de perde diante de tanta informação. A conseqüência imediata disso é o stress”, completa.
A edição 419 de 27 de maio de 2006, da Revista Época trouxe uma reportagem sobre a cultura da tecnologia, tão inserida e comentada nos nossos dias. A publicação fornece um mapa desse mundo vasto e fascinante, com o intuito de ajudar os leitores a participar mais intensamente da cultura do nosso tempo. No mesmo exemplar há um teste para ver se a tecnologia estressa o leitor.
Útil e fútil. Necessária e supérflua. Cabe a nós não nos tornamos vítimas dessa realidade que a cada instante bate a nossa porta.
Friday, September 15, 2006
Farenheit 9/11, dois anos depois
Esse ano se lembrou o 5º aniversário do atentado as Torres Gêmeas de Nova York, o World Trade Center e o segundo ano do lançamento do polêmico documentário, Farenheit 9/11, do diretor Michel Moore.
Há dois anos, o lançamento da obra foi cercado de debates, e o diretor, assim como o filme, foi alvo de inúmeras críticas em seu país. O irônico Moore é hoje, o mais famoso inimigo público declarado de George W. Bush, Presidente dos Estados Unidos.
O filme fez bastante sucesso nesses dois anos e seu diretor tornou-se mais conhecido, inclusive lançando dois livros com teor político: Cara, Cadê meu país e Stupit White Man-Uma Nação de Idiotas.
Em 2004, o filme levou a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes, na França. “A platéia aplaudiu entusiasmada, em estado de euforia. Eles realmente gostaram da fita (que em sua estréia ganhou aplausos por 20 minutos). Por onde andou no Festival, Moore foi ovacionado, a ponto de ficar comovido e surpreso”, conta Rubens Ewald Filho para o site da uol.
Apesar das muitas discussões sobre o gênero da obra, documentários para alguns, ficção para outros, o fato é que o filme foi bem aceito pela mídia e principalmente pelas pessoas, com exceção do George W. Bush.
Farenheit foi o primeiro filme a abordar os atentados, agora, cinco anos depois da tragédia e dois do lançamento da obra de Moore, começam a surgir obras extremamente ficcionais sobre o assunto. O fato pode servir como pano de fundo ou como ação central de inúmeros filmes que veremos por aí, encabeçados pelo Farenheit, que amenizou as críticas para as obras sucessoras.
A Comemoração da tragédia
Já fazem cinco anos do fatídico atentado ao World Trade Center, as Torres Gêmeas de Nova York. Deste então, é comum esse fato voltar e explorar a mídia. E numa dada redonda como essa, a tragédia é ainda mais esmiuçada.
Os portais da internet, especializado em notícias ou não, abordaram o assunto de alguma forma, seja disponibilizando vídeos apresentados como inéditos, áudios exclusivos ou apenas discutindo as conseqüências da tragédia no mundo todo. Se digitarmos o termo “cinco anos 11 de setembro”, num site de busca, facilmente encontramos cerca de 10 milhões de citações.
Como o mundo comemorou esse triste aniversário e as inúmeras homenagens às vítimas que se realizariam nos Estado Unidos e ao redor do mundo sempre são pauta nos noticiosos. Na primeira quinzena de setembro é normal os lançamentos de filmes, livros e clipes que fazem alguma relação com os atentados. Depois do polêmico “Farenheit 9/11” Michael Moore de 2004, foi lançado dia 8 no Brasil “As Torres Gêmeas” do diretor Oliver Stone.
Na internet, o You Tube, um popular site que hospeda vídeos para o mundo inteiro, disponibilizou mais de mil vídeos sobre a tragédia, entre imagens reais, produzidas, sátiras e desenhos também são possíveis de serem encontradas no portal.
Por mais que a arte se esforce para amenizar um pouco do choque e da lembrança dessa tragédia, nenhuma ficção ou documentário foi mais destacado nos meios de comunicação, nessa semana, do que o vídeo que mostra as imagens do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, reunido com alguns dos seqüestradores dos aviões utilizados nos atentados.
Mesmo que o mundo precise entende o que aconteceu naquela manhã e procure outros meios de rever aquelas cenas para tentar compreender. O vídeo foi divulgado somente cinco anos depois para um mundo que ainda conserva as dúvidas de uma criança diante das cenas reais da tragédia.
Friday, August 18, 2006
Estréia
Pois é, resolvi levar essa história de blog a sério. Não sei no que vai dá...
Deixei a preguiça de lado e surgiu uma tarefa de aula que pedia, justamente, um blog! Uni o útil ao agradável e virei bloqueira! Fazia tempo que tava querendo mostrar o que escrevo, nem que seja para meia dúzia de pessoas.
Não sei o que esperar, tenho um pouco de medo da exposição que a internet parece propiciar, mas tudo bem, quem tá na chuva é para se molhar. Que venham as críticas, os elogios, as opiniões e a surpresa de quem não tinha conhecimento da minha relação com as palavras e, principalmente, os que de alguma forma vão conseguir tirar proveito disso. Nem que seja para rir da minha modesta pretensão.
Não quero uma união estável entre eu, o blog e você. Pois no estável não cabem surpresas. E eu quero surpresas e coisas inusitadas, sentir um frio na barriga sem explicação e ficar com aquela estranha certeza de que algo está prestes a acontecer. E qualquer coisa que acontece podo ser algo grandioso, ou não.
Se esse espaço onde vou por meus devaneios é grandioso, não sei. Pode ser, por que não? Mas durante muito tempo que pensava em ter um blog, sentia esse frio na barriga, talvez por insegurança ou medo. Para mim pode ser de extrema importância!
Numa crônica da Martha Medeiros, ela fala que chega uma hora que todos precisam sair do armário. Seja lá para fazer o que for... Não sei se estou saindo do armário... Talvez esteja apenas deixando a porta aberta. Entrem e não reparem a bagunça!
Um grande abraço em todos que passarem por aqui e que um grande mosaico de reflexos (bem colorido) iluminem a vida de vocês!
Deixei a preguiça de lado e surgiu uma tarefa de aula que pedia, justamente, um blog! Uni o útil ao agradável e virei bloqueira! Fazia tempo que tava querendo mostrar o que escrevo, nem que seja para meia dúzia de pessoas.
Não sei o que esperar, tenho um pouco de medo da exposição que a internet parece propiciar, mas tudo bem, quem tá na chuva é para se molhar. Que venham as críticas, os elogios, as opiniões e a surpresa de quem não tinha conhecimento da minha relação com as palavras e, principalmente, os que de alguma forma vão conseguir tirar proveito disso. Nem que seja para rir da minha modesta pretensão.
Não quero uma união estável entre eu, o blog e você. Pois no estável não cabem surpresas. E eu quero surpresas e coisas inusitadas, sentir um frio na barriga sem explicação e ficar com aquela estranha certeza de que algo está prestes a acontecer. E qualquer coisa que acontece podo ser algo grandioso, ou não.
Se esse espaço onde vou por meus devaneios é grandioso, não sei. Pode ser, por que não? Mas durante muito tempo que pensava em ter um blog, sentia esse frio na barriga, talvez por insegurança ou medo. Para mim pode ser de extrema importância!
Numa crônica da Martha Medeiros, ela fala que chega uma hora que todos precisam sair do armário. Seja lá para fazer o que for... Não sei se estou saindo do armário... Talvez esteja apenas deixando a porta aberta. Entrem e não reparem a bagunça!
Um grande abraço em todos que passarem por aqui e que um grande mosaico de reflexos (bem colorido) iluminem a vida de vocês!
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