Friday, December 01, 2006

Ainda não...

Enquanto estava contigo e você me achava distraída demais, eu estava sempre prestando, muita, atenção em cada detalhezinho, para guardar em algum lugar dentro de mim. O problema é que agora, por mais que procure novos caminhos, na minha saída sempre há você. Não só na saída, em cada esquina, em cada rua, em cada praça...

Por mais que acorde bem, saia apressada e atrasada como sempre, tô com mil coisas na cabeça e desejo um dia com 48 horas para eu dar conta de tudo... Passa algum ônibus que peguei com você, vejo uma placa na rua, acho que enxerguei alguém parecido com você, ou passa uma pessoa por mim usando o seu perfume para eu esquecer de todas as coisas e me lembrar de como arrumaria tempo para você e desejo apenas a noite para eu poder dormir logo e poder chorar.

Sim, chorar não é mais uma crise, é um hábito. O hábito que arrumei para aliviar a falta que você me faz. Às vezes deito na cama e lembro de algo muito legal, mas me lembro também que seria mais legal ainda se pudesse te contar. Aí choro. Por isso, por tudo que me fez lembrar de ti e da tua indiferença.

Tem dias que eu dou muita risada, até pareço ridiculamente feliz. Mas é só um disfarce, uma cena básica, ao menos posso tentar ser atriz se minha carreira jornalística não der certo. Você se tornou minha única inspiração, mas uma inspiração distante demais. Será que se você lesse esse texto, se identificaria? Você com todos os defeitos que eu sempre gostei, com esse ar de quem sabe tudo que você gosta de exibir? Com tudo que te fez tão especial e ao mesmo tempo só mais um idiota que eu preciso esquecer? Com suas pintinhas nas costas que eu sempre adorei e, aposto você não imaginava...

Meu dia tinha que ter 48 horas para eu dar conta de tudo. Ou ser apenas uma noite seguida de outra. O tempo está passando! E não cura nada, só te torna ainda mais distante de mim! Me acostumei com a dor, é aguda e continua, me permite viver, rir e até ser feliz, mas é como um soco no estômago quando tudo está muito bem e de repente o nó na garganta me aperta. É a saudade que eu sinto de ti que se tornando física e me lembrando que nem tudo tá tão bem assim.

Não agüento mais disfarçar que está tudo bem, quando não está. Odeio ser uma amiguinha no orkut, odeio vê você feliz nas fotos e saber que não faço parte de nada disso. Não agüento mais manter a posse de moça decidida que sabe o que quer. Sim, eu sei o que eu quero, mas isso adianta o quê? Não acho a saída desse labirinto que tem teu nome, teu rosto, tua pele, teu gosto e quanto mais eu procuro, mais eu me perco.

Não tenha dúvida: Ainda não deixei de gostar de ti! Mas tô quase!

2 comments:

Anonymous said...

renata, minha linda!

como pode uma menina tão querida, talentosa, estilosa, inspirada e inspiradora gastar tão belo, sensível e rico vocabulário por alguém que não valoriza? e que parece não ter valor?

sabe, às vezes nos doamos sem culpas pra alguém, depositamos confiança... e o que ganhamos em troca? simples indiferença. é nesse fundo de poço que encontramos uma mola.

a partir desse salto, só crescemos. quanta inspiração veio dessa pessoa hein? tenho certeza que está melhor agora, e que encontrará alguém que te dê o valor que merece.

essa pessoa pode estar do teu lado!

continua assim, não se arrependa de nada. a dor nos faz melhores. quero te ver sempre bem como te vejo, e acreditar que tu está radiante de verdade. o avanço será impressionante!!!

e não me enrolaaaaaaaaaaaaa, vamos pra balada!!!!!!!!!!

preciso de um texto legal pro meu orkut, num projeto com amigos escritores de alma como tu, pra falar de vida, amizade, cumplicidade. gostaria que tu fosse a primeira, topa?????????

te adoro lindaaaaaaa

bjomeliga sempreeeeeeeeeee

;)

Anonymous said...

É incrível o talento que você tem.
Incrível como sabe traduzir e escrever tudo o que eu sinto ou já senti na vida.
Quando acaba uma storia é sempre assim, vemos a pessoa em tudo que olhamos e sentimos...Não sei se digo isso porque me identifico com 95% das coisas que já li neste blog, mas você tem um baita futuro como escritora.