Sou passional. E orgulhosa. E determinada. E disciplinada. E geniosa. E difícil. E leonina. E desconfiada. E companheira. E colorada. E emotiva. E preguiçosa. E vegetariana. E quieta. E ansiosa. E impaciente. E tímida, e como todo tímido pareço medita. Pior que eu gostar de alguém, é eu não gostar.
Gosto de escrever porque tenho uma necessidade de aparecer, sem me mostrar. E também porque sou maior que os meus 1.58 de altura. Quase uma necessidade física. Meu cabelo é castanho, de um castanho claro demais para o meu gosto, e quando eu pinto ele fica legal só no primeiro dia, depois desbota. E quando me olho no espelho parece que eu também desbotei. Meus olhos são azuis, mas ficam verdes quando eu choro.
Gosto de cores. De comer negrinho. De dormir ouvindo música. De cachorro. De banho de chuva. De malhar. De praia. De ler, muito, o tempo todo. Leio de Sartre a Maurício de Souza. Queria ser uma personagem dos livros da Claúdia Tajes ou do Jostein Gaarder. Faço jornalismo. Amo rádio e jornalismo literário. Falo inglês, quero fazer italiano e aprender esperanto. Faço dança do ventre e alguns anos tento tocar violão e fazer malabaris.
Já amei camarão e frango xadrez. Usar só roupa preta. Back Streeet Boys. Aqueles tamancos de plásticos da Melissa. Matar aula e ficar sentada na frente da escola... Ainda bem que a gente muda. Não gosto de gatos. De acordar cedo. De dormir cedo. De silêncio. De ser interrompida quando estou lendo. De carne. Tenho medo de barata, de ser sozinha, de ser abduzida, de ficar triste, muito triste. Já tive depressão e tenho medo de ter de novo. Faço musculação, tentando me tornar uma pessoa mais dura, por dentro e por fora.
Às vezes eu choro antes de dormir, porque sinto saudades, porque gosto de alguém que não gosta de mim, porque queria que ele gostasse de mim, porque lembro de coisas que queria esquecer, porque tenho medo das tais “voltas que o mundo dá...” Porque tenho medo de não ser uma pessoa feliz... Por mil motivos, por tudo. Daí eu rezo e peço pra tudo dar certo, mesmo eu sendo a pessoa egoísta que eu sou. O sono vem e no outro dia eu nem lembro. Mas também não me esqueço.
Tenho uma memória de elefante. E estrelas no meu quarto. E tatuagens. E piercing. E gastrite nervosa. E livros que eu comprei e não vou ler. E cds que me arrependi de ter comprado. E amigos que amo, longe ou perto, os de sempre e os mais recentes. E uma família hilária e enooooooooorme, com todo mundo diferente e igual. A maioria das pessoas não sabe como são importantes para mim.
Odeio minhas orelhas, adoro meus pés. Será que 200 ml de silicone em cada seio me fariam mais feliz? Às vezes tenho certeza que sim, as vezes que não. Cinco centímetros não têm jeito de eu conseguir... Odeio ficar vermelha. E eu sempre fico vermelha, eu nem sinto mais. Agora, quando eu sinto, e porque já estou rosa-xoque. Eu estou sempre gelada. Dizem por aí que “mãos frias, coração quente”, mas eu não sei...
Tem coisas que não cabem numa 3 x 4.
1 comment:
Não sei você sabe, mas existe uma música dos Engenheiros do Hawaii que chama 3X4, escrito assim com sinais matemáticos como o título do seu post, é uma das músicas (e poesia) mais lindas que já vi.
Eu ia te perguntar a sua altura, mas tem aquela sua foto em que estás no meio de um grupo e dá para perceber o seu tamanho, em outras fotos você parece maior, mas enfim, é mais uma coisa que aprendi sobre você sem precisar perguntar! O que tem de errado com as suas orelhas Renata?
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