Penso que é a sensibilidade que torna as pessoas mais, ou menos, humanas. No dicionário, essa característica é definida como a “capacidade de sentir”. Entenderam? Bingo!
Particularmente, eu prefiro fazer tratamento psiquiátrico para o resto da vida, porque caio em queda livre quando quem eu amo me rejeita, porque fico imensamente mal quando algum amigo me magoa, porque fico revoltada quando vejo algo que não me agrada, do que deixar de sentir qualquer coisa, simples ou complexa que a vida me ofereça.
Parece que os sensíveis sofrem mais, mas não. Não é questão de sofrimento, é questão de sentir e a nossa condição humana, nos permite não passar imune ao que nos toca.
Duas das palestras mais bacanas do curso do NPC não foram de Doutores em Comunicação, mas de pessoas com uma sensibilidade para a vida extremamente aguçada: o MC Fiell e o Marcelo Yuka.
Ambos, por não serem profissionais em comunicação, realizaram uma fala mais pessoal, relatando suas experiências. E foram nesses relatos, de um cara que escreveu um livro e criou uma rádio comunitária no morro da Santa Marta, do cara que tava no auge do sucesso quando por acidente, levou nove tiros e ficou paraplégico, que notamos a sensibilidade deles.
Para mim, claro que o mundo precisa de saúde, educação e segurança, mas como idealista que sou, desejo e defendo a sensibilidade no mundo. Só assim, nossos desejos serão de coração e as mudanças serão sólidas pois terão em seus alicerces, valores nobres.
1 comment:
Nossa Rê, nunca tinha pensando sobre a sensibilidade com este ponto de vista. Bela reflexão. Débora
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