Tuesday, December 13, 2011

Salvadores

Existem algumas pessoas que nos salvam e acredito que a maioria nem saibam disso. Meus amigos, não sei quantas vezes, já me salvaram. As pessoas não tem noção de como, às vezes, uma palavra é importante e nos faz mudar tudo.

Pode nem ser pessoas tão amigas, são conhecidos, são parentes distantes, são os que chegam na hora certa, no lugar certo e nos fazem continuar. Eu coleciono salvadores, sem eles, há tempos não estaria aqui.

Tem duas pessoas que conheci há pouco tempo. Uma mora em Porto Alegre, a outra, em Caxias do Sul. Uma é advogada, a outra, jornalista. Uma foi para o Beto Carrero comigo, a outra para Rio de Janeiro. Uma é solteira, a outra, casada. Ambas, já me salvaram.

O que me levou até o Beto Carrero, não foi meu afilhado, ele ficaria bem, indo com meu irmão e sua namorada. Mas tinha a minha colega do serviço novo, que mal conhecia, que tinha escutado uma conversa no telefone e disse: “posso ir junto, adoro uma indiada?” Ela foi e não só cuidou do meu afilhado, como cuidou de mim também e em nenhum momento me fez perguntas.

E quantas vezes eu chamei minha, até então colega, no MSN para dizer que eu não iria para o Rio. Que ela fosse sozinha, que conseguiria se virar, que eu não seria uma boa companhia, que eu estava me matando... Uns três dias antes, me disse que se eu não tivesse topado em ir, provavelmente ela também não iria. Percebi que apesar de nunca ter visto aquela moça, eu não poderia não ir. Eu que me matasse depois.

O primeiro abraço que eu dei nela, quando nos encontramos no aeroporto, não foi de “muito prazer”, foi de “muito obrigada”. E essa moça linda, uma verdadeira alemoa de Caxias, me salvou todos os dias. Foi por causa de uma conversa, lá em cima do Pão de Açúcar, que eu decidi levar minha vontade a sério e pensar, seriamente, em me mudar para o Rio.

Como disse antes, meus amigos me salvam muitas vezes. Porém, essas duas almas livres e generosas, já me conheceram num momento crítico e não saíram correndo quando se depararam com as minhas fraquezas. Então, tenho que ficar aqui, para quem sabe um dia, salvá-las também.

5 comments:

Lisiane Zago said...
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Lisiane Zago said...

A pessoa salva e pensa que salvou. Foi amiga desde o primeiro minuto, transformou cinco dias em um mês e ainda escreve tudo isso! Quem será que salvou quem? Guria, adoro-te: ever!

Anonymous said...

E cade o texto sobre o nosso inimigo secreto??? Nanda

renata machado said...

É que devido ao conteúdo pornográfico dos presentes trocados, é melhor deixar quieto. :)

Juliana Borges de Almeida said...

Que lindo o post... construímos uma amizade verdadeira em questões de segundo...foi assim com vc e a Gi.
Nem eu e nem a Gi fomos citadas nesse post, mas posso me sentir fazendo parte desse post, e a salvação é recíproca, vcs já me salvaram tb.