Passei o final de semana no 12º Festival Internacional da Escola Luxor de Dança do Ventre, o maior evento desse tipo de dança no Brasil, são três dias de shows e cursos com dançarinos internacionais. Custou caro, mas é um investimento que vale a pena.
Não sou, nem vou ser dançarina profissional. Mas ter um hobby e investir nisso abrange muito a nossa qualidade de vida. Há dias eu não conseguia me focar em algo a ponto de deixar de pensar nos problemas e, por algumas horas consegui.
Todo mundo deveria ter um hobby. Tenho um tio que é artesão e passou a vida toda inventando arte, um trabalho criativo, sem chefes e horários a cumprir que permitiu criar as minhas primas. Mas quer ouvir ele falar de um assunto por horas com a impolgação de uma criança é falar de jardinagem.
Ele compra livros sobre o assunto, entende qual é o melhor tipo de terra e adubo para determinado tipo de planta. Aliás o jardim a casa dele é praticamente um pomar que está sempre florido.
A minha professora de dança do ventre passou os três dias do Festival mais preocupada com os tecidos que ela tinha comprado na 25 de março do que com os cursos. Depois da dança, o que ela mais gosta de fazer é costurar, principalmente com Pacthwork.
Não pretendo viver só da dança e, nem gostaria. Meu tio não vai virar jardineiro e nem minha professora, costureira. Mas é bom fazer algo, por mais que leve tempo e custe caro, pra gente mesmo. Há um prazer inexplicável em se dedicar a algo por puro prazer e um desejo irresistível e duvidoso de um dia largar tudo e viver só desse prazer.
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