Será que um dia eu vou me acostumar com a dor de não te ter? Será que um dia essa saudade vai ser tão normal que a dor que ela me provoca não me machucará tanto? Esse final de semana sai com algumas amigas, me diverti como há tempos não acontecia, mas em nenhum momento você deixou de me doer. E eu me pergunto se isso não é “se acostumar”?
A noite foi quase perfeita. Eu sai com as gurias e, depois de dois meses sozinha, isso teve um valor e um sabor, inexplicáveis. Tomamos champanhe boa parte da noite. Fomos nos arrumar na casa de uma das amigas, bem coisa de mulherzinha, bem coisa que mulher adora fazer. Se vestir de alvo, se vestir para ser o alvo, ir para a guerra...
Depois dancei a noite toda, vi aquelas cenas impagáveis que toda festa proporciona a percepção de uma bêbada. Um careca cabeludo se aproximando da nossa mesa, um senhor com idade para ser meu avô insistindo para tomar uma cerveja comigo. E o de sempre, uma amiga chorar, outra brigar com o ficante, outra ficar, outra não desgrudar do celular...
Eu levei uns pirulitos de maconha que trouxe de Amsterdam e foi o maior sucesso, virou pirulito comunitário e tinha até fila. Até quem nunca tinha colocado essas “porcarias” na boca, experimentou. Foi divertido e inesquecível. Foi uma noite e uma festa tão boas, só não foram perfeitas porque você não estava lá.
Olhava para a mesa e imaginava onde você estaria sentado, o que estaria vestindo... Eu seria a mulher mais feliz do mundo se pudesse dançar com você, tomar cerveja, te beijar entre um gole e outro e curtir a ressaca do outro dia nos teus braços.
Até quando vou conseguir sorrir e falar que está tudo bem, quando minhas amigas me perguntarem o por quê estou tão quieta? Será que um dia eu vou estar numa festa e não vou precisar me esconder no banheiro e chorar para me esvaziar de você?
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