Outro dia li uma reportagem que falava sobre o personal paquera. O personal paquera é o profissional que ensina alguém a conquistar uma pessoa. Na matéria tinha até uma das lições: olhe nos olhos da pessoa desejada, desvie o olhar por três segundos (apenas três, pois você corre o risco de não conquistar quem deseja por ter desviado o olhar por tempo demais ou de menos!), depois volte a olhar para outra parte do corpo da pessoa...
E a lição seguia. Como se fosse um manual de instruções. Mas além desse personal, temos muito outros. Tem o personal trainner, um professor de ginástica particular. O personal stylist, que ensina as pessoas a se vestirem. O personal dieter, que acompanha o cliente no supermercado, para ensiná-lo a comprar alimentos saudáveis. O personal chef, que cozinha para pequenos que grupos que não querem ir a restaurantes. O personal Ipod, que baixa as músicas da Internet para o dono do Ipod.
Esses são apenas alguns exemplos. Deve ter inúmeros profissionais, que parecem ter saído dos livros de auto-ajuda, por aí e cada um com uma função mais bizarra que a outra. Não sei quando a onda por personais começou. Sei que foi nos Estados Unidos, alegando falta de tempo, os americanos pagam para alguém dar um jeito na sua vida. E importamos essa mania para cá.
Mas será necessário? Precisamos pagar para alguém nos dizer o que comer, o que vestir? E quem paga por esses serviços, será que é por necessidade ou para aparecer com um personal-sei-lá-o-quê? Nada contra com esses profissionais, até porque todos precisam ganhar a vida e eles são espertos, não dá para negar.
Pelo visto, logo teremos o peronal personality, alguém que irá nos dizer como ter personalidade, como agir, como falar, como pensar, como se portar... Como se necessitássemos de um manual de instruções. Agora, se o serviço não der certo, iremos reclamar para Procon?
1 comment:
Well written article.
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