Saturday, November 06, 2010

Comer, Rezar, Amar

Já tem tempinho que fui assistir ao filme Comer, Rezar, Amar, inspirado no livro da americana Elizabeth Gilbert. E prefiro o livro que li enquanto estava em Florianópolis, em fevereiro de 2009. O filme é maçante e monótono.

Se no livro sobra emoção, no filme, falta. E faltou também o amigo que tocava violão que ela conheceu em um dos países que visitou, não lembro qual (esse personagem não mudaria a história, mas simpatizei com ele...). E não precisava aquela cena que o brasileiro Felipe dá um selinho no filho, que justifica isso como um comportamento natural do caloroso povo brasileiro.

Claro que alguma coisa no filme iria faltar, já é extenso, com quase duas horas de duração e nunca consegue colocar todo um livro no cinema. O filme não conseguiu mostrar que a grande viagem aconteceu, de fato, no interior da personagem. Já o livro trás passagens interessantes sobre o que Liz pensa sobre o amor, a depressão, a felicidade...

É um trecho que fala sobre a felicidade que reproduzo aqui. Um belo trecho, pois se ser feliz fosse tarefa fácil, só nascer já bastaria e viver seria secundário. Mas não, é necessário viver e sempre alerta e atento, prestando atenção em tudo pra perceber onde está, de fato, a nossa felicidade. Ou o que nos move em direção a ela.


“...as pessoas tendem a pensar universalmente que a felicidade é um golpe de sorte, algo que talvez lhe aconteça se você tiver sorte suficiente, como o tempo bom. Mas não é assim que a felicidade funciona. A felicidade é conseqüência de um esforço pessoal. Você luta por ela, fez força para obtê-la, insiste nela, e algumas vezes viaja o mundo à sua procura. Você precisa participar o tempo todo das manifestações de suas próprias bênçãos. E, uma vez alcançado um estado de felicidade, nunca deve relaxar em sua manutenção, deve fazer um esforço sobre-humano para continuar para sempre nadando contra a corrente rumo a essa felicidade, para permanecer flutuando em cima dela. Se não fizer isso, seu contentamento interno irá se esvair. É muito fácil rezar quando se está passando por um momento difícil, mas continuar a rezar mesmo quando a sua crise já passou é como um processo de selamento, que ajuda sua alma a se aferrar às coisas boas que conquistou.” Elizabeth Gilbert - Do Livro Comer, Rezar, Amar.

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