Não me sinto mais vazia. O monstro que corroia meu estômago e minha paz está domesticado. E pela primeira vez na vida eu estou gostando sem sofrer. Não que eu esteja sendo correspondida, porque tô bem confusa quanto a isso... Malditos librianos!
Mas gostar e não sofrer me deixa bem feliz. E conviver com você e com a vontade louca que eu tenho de te agarrar e te encher de beijo, tudo isso de uma maneira bem civilizada também me deixa bem feliz.
Eu nunca escrevi tanto a palavra feliz com um real motivo (feliz) como agora. Não foi fácil domesticar o bicho, mas conviver com ele durante o tempo que eu perdia a vontade de tudo, foi fundamental pra mim ser o que eu sou hoje. Uma pessoa feliz, com consciência disso, o que é muito melhor. Até porque nunca fui uma retardada que achou que o mundo era a Disneylândia e vida cor-de-rosa.
Simplesmente me dei conta que a gente continua, que depressão passa, que doenças se curam, que o mundo gira e coisas incríveis acontecem mesmo quando a gente tá olhando tudo de canto. Então o melhor a fazer é entrar na dança, participar, se jogar, sair do armário, cair de boca, chutar o balde...
Eu não entendia o vazio que carregava. Não entendo essa sensação de que tá tudo bem. Sei que ainda não rola o mestrado na Europa, mas é só eu trabalhar, juntar grana, estudar que um dia rola. E eu não preciso surtar com isso desde agora. Sim, o tempo dá um jeito nas coisas, pelo menos na gente, nos trazendo pessoas e coisas que preenchem o vazio.
Nunca tive num momento tão “deixo a vida me levar”, mas confesso que todos os dias que rezo para que ela me leve até aquele homem lindo, inteligente, com ares de menino e a responsabilidade de ser mestre. O fato de eu não estar sofrendo por causa disso, não significa que eu esteja entendendo o que se passa aqui dentro.
“Não sei mais o que eu tenho que fazer pra você admitir que você me adora, que me acha foda. Não espere eu ir embora pra perceber que você me adora”
Me adora - Pitty
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