Eu tenho TPM, não que eu me orgulhe disso, mas tenho. É fato. Quando falo isso tem pessoas que torcem a cara, como se falassem “é manha”, tem algumas que falam “mas tu é tão novinha”... Eu nem respondo, apenas conto até 10, 24, 38, 57, depende da vez e do meu nível de irritação.
Mas que me dá uma vontade esganar um, ah dá! Qualquer um, do meu irmão ao cidadão que passa na minha frente na rua. Que ódio. Por que essa gente me olha? Não posso ficar em paz, quieta no meu canto. Eu irritada? Impressão. Eu estressada? Não sei aonde. Eu com TPM? Capaz. Capaz que vou dar o braço a torcer.
Sempre fui assim, caso o mundo não percebeu. E claro que o mundo não percebeu, esse bando de gente lerda e limitada. Ai que ódio!!! Hoje eu mato um. Ah, como eu queria cravar minhas unhas no pescoço de alguém e ficar lá segurando, até alcançar o nirvana. Falando em nirvana, hoje só quero rock no volume mais alto possível, que é pra eu poder gritar em paz.
Paz. Que paz é essa? Como ficar em paz com meus hormônios se rebelando em algum lugar dentro de mim? Com espinhas na cara e toda inchada? Que vontade quebrar uma balança. Tô com barriga e me sentido uma orca. E não posso nem olhar pra minhas pernas porque tô cheia de pontinhos roxos, maldita hora que resolvi tirar as varizes. Nem dá pra alguém eu posso com as pernas cheia de pontinhos roxos. Que ódio!
E esse nó na garganta!? Já não basta o inchaço, a irritação, as espinhas, a gula incontrolável, a auto-estima que já ultrapassou o chão e tá avistando a crosta terrestre. Ainda dá vontade de chorar. Aiiiiiiiiiiiiiiiiii que triste é o mundo, ao menos o nó na garganta vai passar... Não eu não vou chorar, não tenho motivo pra chorar. Merda, eu já to chorando. Ai, que ódio...
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