Wednesday, July 01, 2009

Salve a arte



No último final de semana participei da 9ª Feira Harem de Danças Árabes, realizada nos dias 26, 27 e 28 de junho, na Sociedade Libanesa em Porto Alegre.

No evento anual, promovido pela Escola Harem, acontecem shows e workshops. Nessa edição, a grande atração foi a dançarina do ventre russa Nour, considerada a maior estrela de dança do ventre do Egito e o cantor e dançarino egípcio Yasser Alswery.

Durante dois dias, fiz workshops de dança do ventre, dança folclórica árabe – o Dabke – e dança Beduína. Havia em torno de 100 participantes nos cursos e um clima muito bom, de celebração. Todas ali celebravam a arte.

Danças como o Dabke e a Beduína exige que os professores ensinem muito mais que coreografias ou passos ritmados, tem que ter todo um conhecimento da cultura, um entendimento dos significados dos passos.

Já em casa, assistindo o Fantástico, a matéria sobre os robôs que fazem serviços de humanos, me chamou atenção por causa do comentário da minha mãe, que um dia os robôs iriam dominar o mundo. Mas não vão, não. Tenho certeza disso depois desse final de semana.

Por mais cômodo que parece ser robôs que fazem funções básicas para nos, humanos. Sempre haverá a arte para nos lembrar que certas atividades são imprescindíveis para nos manter vivos. Nenhum robô poderá dançar por nos, nem fazer malabarismos e escrever poesias, bordar, interpretar, tocar flauta ou derbak ou guitarra...

Em épocas de grande avanço tecnológico sempre é bom lembrar que a arte é uma atividade essencialmente humana. Por mais cansativo que seja e por mais disciplina que possa exigir, é na arte que a gente extrapola o mundo, é dançando, cantando, fotografando que a gente celebra o ser humano.

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