Friday, March 20, 2015

Tardio


Era tarde, o relógio mostrava. Mas parecia que falava, que gritava tamanho era o desespero em se dar conta que era tarde.

Caminhou pelas ruas sem direção. Sua mente era tomada por uma enxurrada de ideias, mas não sabia nem qual era a palavra certa naquele momento.

A situação que se metera, ora angustiava, ora causava euforia. E se perguntava “não seria isso a vida?”

Corria para chegar em casa e resolver o que fazer. Havia urgência, mas também medo, já que aumentava o trajeto por ruas onde não costumava passar.


Quando chegou em casa, já estava com um sorriso contente no rosto. Tudo o que estava ali, bastava, só precisava esquecer que era tarde. E foi o que fez.  

**Primeiro texto produzido, no primeiro exercício da primeira aula da Oficina de Criação Literária que estou fazendo.

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