Thursday, December 05, 2013

A minha saudade não definhou


“Uma saudade que definhou pela indiferença...”- Fabrício Carpinejar

 Linda a crônica “Saudade a dois”, do Fabrício Carpinejar, na Zero Hora de terça-feira, dia 03. Fiquei especialmente com essa frase martelando na cabeça: “uma saudade que definhou pela indiferença...” Esse é o fim mais triste que uma saudade pode ter. Há muita saudade boa e saudável. Mas o que pode ser mais triste que uma saudade que definha? E pela indiferença? E pior do que saber que o outro está morto e enterrado.
Eu já senti muita saudade e desse tipo. Talvez por isso essa frase tenha me tocado tanto. Minha saudade e eu quase definhamos. Quase. Milagres acontecem e por isso não morri de saudade. Acho que foi o próprio Carpinejar que escreveu que “todo amor é um milagre”. O meu, certamente é.

Tenho consciência disso e é bom ter essa consciência. Fico com dois pés fincados na lucidez quando estou com ele, isso aumenta a noção do presente e faz com que eu aproveite muito mais.

E agora, até curto a saudade, é boa e sempre tem data para acabar. E o melhor, é correspondida! Um dia, isso tudo pode acabar, mas ao menos eu vou saber que minha saudade teve uma segunda chance. Ela não definhou pela indiferença.

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