“Uma saudade que definhou
pela indiferença...”- Fabrício Carpinejar
Linda a crônica “Saudade a
dois”, do Fabrício Carpinejar, na Zero Hora de terça-feira, dia 03. Fiquei
especialmente com essa frase martelando na cabeça: “uma saudade que definhou
pela indiferença...” Esse é o fim mais triste que uma saudade pode ter. Há
muita saudade boa e saudável. Mas o que pode ser mais triste que uma saudade
que definha? E pela indiferença? E pior do que saber que o outro está morto e
enterrado.
Eu já senti muita saudade e
desse tipo. Talvez por isso essa frase tenha me tocado tanto. Minha saudade e
eu quase definhamos. Quase. Milagres acontecem e por isso não morri de saudade.
Acho que foi o próprio Carpinejar que escreveu que “todo amor é um milagre”. O
meu, certamente é.
Tenho consciência disso e é
bom ter essa consciência. Fico com dois pés fincados na lucidez quando estou
com ele, isso aumenta a noção do presente e faz com que eu aproveite muito mais.
E agora, até curto a
saudade, é boa e sempre tem data para acabar. E o melhor, é correspondida! Um
dia, isso tudo pode acabar, mas ao menos eu vou saber que minha saudade teve
uma segunda chance. Ela não definhou pela indiferença.
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