Parece que ando com a cara boa, ao menos é que andam dizendo por aí, meus amigos e até a psicóloga. Outro dia ela me disse que eu estava “mais leve, sem o peso do mundo nos ombros”.
Talvez seja verdade, ou pode ser culpa do álcool e da cevada que ando ingerindo diariamente, sábio quem falou: “decepção não mata, ensina a beber”. Estou saindo mais também, procurando os amigos, falando, dando risadas...
E daqui a pouco chega a viagem né? Então também estou ocupada pensando nessa grande realização. E tenho bastante trabalho no serviço, hoje o dia foi puxado e apesar de tudo, minha cara está ótima!
...
Mentira. Tudo mentira. Eu tive que me segurar para não chorar de saudade no terraço do Palácio Piratini, no pátio da Assembleia Legislativa, dentro do carro do meu chefe, quando liguei o rádio e tocava Pink Floyd e quando deu o teu nome para o personagem do texto que fiz na aula de espanhol.
Eu queria tanto te abraçar! Ainda amo tanto você. Ainda paro no meio de um texto pra chorar. Ainda dói tanto. Ainda fico arrepiada quando me lembro de ti. Ainda passo as noites acordada, pensando se você pensa em mim. Ainda não sei que fim dar no meu corpo.
Mas apesar de tudo isso, eu estou com uma cara ótima.
“De algum secreto lugar me vem a força para erguer a xícara, acender o cigarro, até sorrir quando alguém me diz: ‘Você hoje está com a cara ótima’, quando penso se não doeria menos jogar-me de um décimo primeiro andar” Lya Luft
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