Saudade: lembrança, suave e triste ao mesmo tempo, de um bem do qual se está privado; pesar; mágoa que nos causa a ausência de uma pessoa querida; nostalgia.
Essa é a definição de saudade no dicionário. Eu acho que depois de tanta festa e farra, está iniciando um período nostálgico na minha vida. De análise do que fiz, do que falta fazer... De ocupar a cabeça pra tentar não sentir tanta saudade e de chorar de noite, antes de dormir.
Ele foi embora. Ele que apareceu na minha vida de uma maneira tão calma e serena. Ele que eu tinha certeza que seria uma válvula de escape e aos poucos foi se desvendando tão igual a mim. Tão perfeito pra mim. Sim, ele existe. E ele me fez até acreditar no que sempre considerei inacreditável: o homem perfeito também me acha perfeita.
Mas a vida é complicada e ele teve que ir. Tá, ele não foi para muito longe, está no mesmo estado, apenas quatro horas de ônibus. Mas chega a doer a saudade que eu já sinto e existem outros fatores, complicados demais, que dificultam muito a possibilidade da gente se ver e ficar junto, pelo menos por enquanto.
Eu não sei se esse é o pior tipo de saudade. Ou se é a de quem morre. A circunstância toda que consegui me meter, me faz lembrar muito da minha avó. Como eu precisava dela aqui, comigo, agora. Às vezes penso tanto nela, mas não sei se é saudade, estranho pensar que uma pessoa que conviveu só seis anos comigo, faz tanta falta. Fico imaginando como seria a vida se ela não tivesse morrido tão cedo, as coisas seriam tão diferentes.
Neste momento, a saudade dele dói mais. Mas não tem mágoa, nem tristeza. Tem uma ausência e um respeito pela história que ele tem que viver. Tem esperança também, que a situação vai melhorar, que a gente não vai sentir o tempo passar e logo vamos estar juntos.
E tem também aquele último consolo pra saudade, que Deus sabe o que faz.
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