Hoje eu tô assim, assim... Assim: meio triste, meio feliz. Assim: um pouco decepcionada e nem um pouco surpresa. Alguns dias atrás eu estava só assim, muito feliz. Agora eu tô assim, assim, sem saber direito como. Num estado intermediário entre coisas que me sufocam.
Tenho uma amiga que fala que as pessoas só se apaixonam por quem permite isso. Logo, acho que a gente só se decepciona, se nós mesmos deixarmos que tal coisa aconteça. Mas será que sabemos? Será que tem como saber?
Eu não sei... Hoje eu tô assim, cheia de reticências... Pois há tantas respostas para as minhas dúvidas que os pontos de interrogação perdem a importância. Fica um monte de reticências pairando no ar, dentro e fora da gente.
Mas não essas que nos oferecem oportunidade para imaginar o mundo. Às vezes, quando eu tô assim, só sopra essas reticências vazias, de quem perdeu oportunidades, o timing, a chance, a hora, o ônibus, o primeiro tempo.
Fica uma tristeza trancada, um nó na garganta, uma melancolia, uma saudade do que não se fez, do que não falou. Do que poderia ter sido. Uma dorzinha (se é que dor, pode ser “inha”) que não vai me impedir de viver, mas que vai me deixa assim. Sem saber, sem entender, com um monte de reticências vazias...
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