- Cadê?
- Cadê o quê?
- Tudo...
- Tudo o quê?
- Nada!
- Tu é louca né?
- ...
- O que tu tá procurando na janela?
- Tudo!
- Mas tudo o quê!?
- Ai. A poesia, ora...
- A poesia!? Que poesia!?
- Toda a poesia...
- Tu tá lendo Mário Quintana ou Cecília Meireles e esqueceu o livro em algum lugar? Tu acha que tu perdeu o livro aqui? Num quarto de motel?
- Ai não é dessa poesia que tô falando?
- Mas tu é louca! Do que é então?
- ...
- Fala!
- É a poesia da vida...
- O quê!?
- A poesia da vida, das coisas banais... Cadê?
- Meu Deus! Sei lá, o gato comeu!
- Que gato!? Você nem é tão gato assim. E eu quero a poesia...
- Mas tu mesmo, está sempre falando que sexo não tem nada a ver com amor!
- Eu sei!
- Então, vem, sai da janela.
- Cadê?
- A tal poesia?
- Não, a minha calcinha.
4 comments:
ahm.. isso é real ou apenas um conto?
Apenas um conto!
Hahuahuhauhau...
Todo o conto é como uma brincadeira que a gente faz, sempre tem um pouco de verdade!
Bjos e, como sempre, adorei o texto!
Os melhores contos são os que contém toques verdadeiros e vice-versa né?!
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