Estava olhando meu blog... E lembrei da pergunta de um amigo: "Rê, por que tu não justifica os textos do teu blog?" Na hora respondi que não sabia, nunca tinha reparado nisso...
Mas agora, me dei conta que realmente não justifico nenhum deles. E fiquei procurando uma expliação...
Caraca Lucas! Não sei o motivo, gosto mais assim... E ponto.
A matáfora pode ser exagerada, mas alguém já não disse que a vida nasce do caos?
Na desordem, no não alinhado existe uma possibilidade muito maior de erros e logo, de acertos...
A gente já passa a vida inteira tendo que se justificar. Nossos gostos, nossos sonhos, nossos atos, nossos pensamentos, nosso comportamento...
Meus textos nunca foram justificáveis, talvez por isso, não sejam justificados!
Sunday, May 13, 2007
I believe in miracles
Porque eu gosto de Ramones. Porque eu também acredito em milagres. Porque eu acho que escutar uma música que duas vezes no rádio, em menos de uma hora, não deixa de ser um milagre!
I believe in miracles
I used to be on an endless run.
Believe in miracles cause Im one.
A have been blessed with the power to survive.
After all these years Im still alive.
Im out here cookin with the band.
Im no longer a solitary man.
Every day my time runs out.
Lived like a fool, thats what I was about, oh.
I believe in miracles.
I believe in a better world for me and you.
Oh, I believe in miracles.
I believe in a better world for me and you.
Tattoo your name on my arm.
I always said my girls my good luck charm.
If she could find a reason to forgive,
Then I could find a reason to live.
I used to be on an endless run.
Believe in miracles cause Im one.
A have been blessed with the power to survive.
After all these years Im still alive.
I believe in miracles.
I believe in a better world for me and you.
Oh, I believe in miracles.
I believe in a better world for me and you.
I close my eyes and think how it might be.
The futures here today.
Its not too late.
Its not too late, yeah!
I believe in miracles.
I believe in a better world for me and you.
Oh, I believe in miracles.
I believe in a better world for me and you.
No orkut alheio
"Este texto foi publicado no profile do orkut do querido Xande (a pedido do mesmo). Agora ele está aqui!"
Um amigo me pediu para escrever um texto para o profile do seu Orkut, sobre amizade!
Achei estranho... Para o profile dele! Mas vamos lá! Pode ser fácil falar de amizade e Orkut, ou não. Pensando no assunto já oscilei bastante minha opinião.
Ostentar centenas de “amigos” numa página virtual pode ser legal e fazer bem para o ego! Mas desses, quantos sabem que tenho depressão? O que gosto de comer? Ou por que você me pediu para escrever? Por que você faz publicidade e não arquitetura? Por que a mulher que se exibe em fotos sensuais é sozinha demais? Por que o amigo do amigo, que é um feioso, pega todas? Por que temos cicratizes no joelho?
Poucos sabem. Mas isso não tem importância quando a gente passa uns dias na praia, conhece um monte gente legal e o Orkut parece a luz no fim do túnel. Sim, não perderemos o contato com os amigos da praia, da serra, da festa, da temporada, da última estação. Teremos um elo comum, mesmo com nada em comum! Alguns são clonados... Hoje vivemos orkutamente com medo de sermos clonados.
Melhor ainda é encontrar o colega da 1º série. A professora velha e chata que você sempre teve certeza que te odiava e agora quer ser sua amiga no Orkut! Pior, ela está no Orkut! E a feinha do segundo grau que tá um mulherão, o nerd que virou galã e pratica escalada... Os amigos que estão no exterior, e ao mandar notícias nos deixam cheios de orgulho e com um a pontinha de inveja. Os colegas da faculdade com quem mal conversamos, mas fizemos algum trabalho em grupo. Os vizinhos que esquecemos de cumprimentar. Muito mais do que colecionar amigos, conhecemos histórias de vida, que nos surpreendem ou decepcionam, mas estavam ali do nosso lado e não víamos. Sim, Orkut pode ter nos tornado mais próximos!
Com quantos amigos do Orkut você já ficou ou já deu fora e, também já levou fora. Mas estão lá! Afinal contato é tudo num mundo globalizado! Falando nisso, percebemos que o mundo virtual também é pequeno! Todo mundo se conhece, todo mundo tem amigo incomum. Quem for amigo do Brad Pitt e da Madonna me adiciona urgente!!!
Mas, sim, temos os amigos! Que podem ser minorias, mas além desse espaço cibernético, dividem mesas de bar, baladas, tristezas, alegrias, risadas, fofocam sobre a vida alheia que investigam no Orkut! Amizade é mais importante que contato. Não precisam deixar scraps todo dia, mas te tiram de uma roubada, te fazem um favorzão e tem os que surpreendem, pedindo para escrever um texto para o seu profile!
Um amigo me pediu para escrever um texto para o profile do seu Orkut, sobre amizade!
Achei estranho... Para o profile dele! Mas vamos lá! Pode ser fácil falar de amizade e Orkut, ou não. Pensando no assunto já oscilei bastante minha opinião.
Ostentar centenas de “amigos” numa página virtual pode ser legal e fazer bem para o ego! Mas desses, quantos sabem que tenho depressão? O que gosto de comer? Ou por que você me pediu para escrever? Por que você faz publicidade e não arquitetura? Por que a mulher que se exibe em fotos sensuais é sozinha demais? Por que o amigo do amigo, que é um feioso, pega todas? Por que temos cicratizes no joelho?
Poucos sabem. Mas isso não tem importância quando a gente passa uns dias na praia, conhece um monte gente legal e o Orkut parece a luz no fim do túnel. Sim, não perderemos o contato com os amigos da praia, da serra, da festa, da temporada, da última estação. Teremos um elo comum, mesmo com nada em comum! Alguns são clonados... Hoje vivemos orkutamente com medo de sermos clonados.
Melhor ainda é encontrar o colega da 1º série. A professora velha e chata que você sempre teve certeza que te odiava e agora quer ser sua amiga no Orkut! Pior, ela está no Orkut! E a feinha do segundo grau que tá um mulherão, o nerd que virou galã e pratica escalada... Os amigos que estão no exterior, e ao mandar notícias nos deixam cheios de orgulho e com um a pontinha de inveja. Os colegas da faculdade com quem mal conversamos, mas fizemos algum trabalho em grupo. Os vizinhos que esquecemos de cumprimentar. Muito mais do que colecionar amigos, conhecemos histórias de vida, que nos surpreendem ou decepcionam, mas estavam ali do nosso lado e não víamos. Sim, Orkut pode ter nos tornado mais próximos!
Com quantos amigos do Orkut você já ficou ou já deu fora e, também já levou fora. Mas estão lá! Afinal contato é tudo num mundo globalizado! Falando nisso, percebemos que o mundo virtual também é pequeno! Todo mundo se conhece, todo mundo tem amigo incomum. Quem for amigo do Brad Pitt e da Madonna me adiciona urgente!!!
Mas, sim, temos os amigos! Que podem ser minorias, mas além desse espaço cibernético, dividem mesas de bar, baladas, tristezas, alegrias, risadas, fofocam sobre a vida alheia que investigam no Orkut! Amizade é mais importante que contato. Não precisam deixar scraps todo dia, mas te tiram de uma roubada, te fazem um favorzão e tem os que surpreendem, pedindo para escrever um texto para o seu profile!
Vida em fragmentos
Ela aparece no portão de casa, com o rabo abanando, quando eu entro, pula nos meus pés e lambe minha mão. Ela é azul, como eram os olhos do meu bisavô, que falava que eu era a guria mais bonita do mundo, mesmo o mundo dele sendo pequeno.
Ela é amarelada e surge no meio da tarde, afastando as nuvens e aquecendo o dia. Ela é a voz que a gente não ouvia há tempos, e de repente está ali, no outro lado da linha. É o ônibus que eu perdi, a rifa que eu comprei, o pão de queijo guardado no fundo do armário e que encontrei dois depois exatamente como eu gosto, durinho. É minha prima me chamando de batata, é meu pai me chamando de princesa.
É o banho quente, uma panela de brigadeiro para comer de colher, é aquelas moscas azuis que ficam pairando no ar e que por alguns instantes parecem te encarar, é tropeção que dou no meio da rua e me tira da letargia. Às vezes ela aparece em forma de medo, dos arrepios que a gente tem de repente, no frio na barriga e principalmente nas milhares de possibilidades que aparecem todos os dias.
Não precisamos de histórias dignas de filmes, nem de pessoas perfeitas para viver. A vida está nas dúvidas, que vão sempre me acompanhar e que, com o tempo se transformarão em meia dúzia de certezas. A vida é o banal, o lugar comum, o clichê, o filme com o enredo conhecido e que todo mundo adora, é o que a gente mais evita.
É o que me espera no próximo minuto ou daqui vinte e dois anos, que vai cruzar uma esquina comigo ou me atropelar. Ela é o que eu quero criar quando acho a minha muito chata. Ela se permite reinventar. Ela está me aguardando em tudo que eu ainda não fiz: no meu ofício diário, no problema que vou ter que resolver, nas pessoas que vou conhecer, no homem que vai me tocar, num salto de pára-quedas, numa casinha pequena numa praia qualquer, no santo daime, nas tatuagens, no que eu vou viver e vou guardar.
Ela já esteve no primeiro dia de aula, na festa de cinco anos, na vitória para as eleições da UNE, no que queria Ter falado mas me calei, na primeira ida ao estádio, na mão da mãe que te passa toda a segurança do mundo, no cheiro da comida que minha avó fazia, na aula de natação, no medo do escuro, em tudo o que guardei.
Nunca tive grandes problemas, nunca me decepcionei com alguém, nunca tive nenhuma doença grave, nunca perdi alguém, minha alegria não tem a profundidade da dor, porque não a conhece, e por isso mesmo é pura e leve. Como a leveza que tem na vida, e a gente deixa de perceber, curvar os ombros é carregar um peso que a gente inventa é mais fácil do que, simplesmente abrir os olhos para perceber.
E ela está aqui, saindo de mim, tomando a forma de cada palavra que escrevo, e como a vida é mágica, ela está entrando pela sua retina, para pedir socorro, que não a deixem esquecida num canto qualquer de uma história qualquer.
Ela é amarelada e surge no meio da tarde, afastando as nuvens e aquecendo o dia. Ela é a voz que a gente não ouvia há tempos, e de repente está ali, no outro lado da linha. É o ônibus que eu perdi, a rifa que eu comprei, o pão de queijo guardado no fundo do armário e que encontrei dois depois exatamente como eu gosto, durinho. É minha prima me chamando de batata, é meu pai me chamando de princesa.
É o banho quente, uma panela de brigadeiro para comer de colher, é aquelas moscas azuis que ficam pairando no ar e que por alguns instantes parecem te encarar, é tropeção que dou no meio da rua e me tira da letargia. Às vezes ela aparece em forma de medo, dos arrepios que a gente tem de repente, no frio na barriga e principalmente nas milhares de possibilidades que aparecem todos os dias.
Não precisamos de histórias dignas de filmes, nem de pessoas perfeitas para viver. A vida está nas dúvidas, que vão sempre me acompanhar e que, com o tempo se transformarão em meia dúzia de certezas. A vida é o banal, o lugar comum, o clichê, o filme com o enredo conhecido e que todo mundo adora, é o que a gente mais evita.
É o que me espera no próximo minuto ou daqui vinte e dois anos, que vai cruzar uma esquina comigo ou me atropelar. Ela é o que eu quero criar quando acho a minha muito chata. Ela se permite reinventar. Ela está me aguardando em tudo que eu ainda não fiz: no meu ofício diário, no problema que vou ter que resolver, nas pessoas que vou conhecer, no homem que vai me tocar, num salto de pára-quedas, numa casinha pequena numa praia qualquer, no santo daime, nas tatuagens, no que eu vou viver e vou guardar.
Ela já esteve no primeiro dia de aula, na festa de cinco anos, na vitória para as eleições da UNE, no que queria Ter falado mas me calei, na primeira ida ao estádio, na mão da mãe que te passa toda a segurança do mundo, no cheiro da comida que minha avó fazia, na aula de natação, no medo do escuro, em tudo o que guardei.
Nunca tive grandes problemas, nunca me decepcionei com alguém, nunca tive nenhuma doença grave, nunca perdi alguém, minha alegria não tem a profundidade da dor, porque não a conhece, e por isso mesmo é pura e leve. Como a leveza que tem na vida, e a gente deixa de perceber, curvar os ombros é carregar um peso que a gente inventa é mais fácil do que, simplesmente abrir os olhos para perceber.
E ela está aqui, saindo de mim, tomando a forma de cada palavra que escrevo, e como a vida é mágica, ela está entrando pela sua retina, para pedir socorro, que não a deixem esquecida num canto qualquer de uma história qualquer.
Subscribe to:
Posts (Atom)