Era tarde, o relógio mostrava. Mas parecia que falava, que
gritava tamanho era o desespero em se dar conta que era tarde.
Caminhou pelas ruas sem direção. Sua mente era tomada por
uma enxurrada de ideias, mas não sabia nem qual era a palavra certa naquele
momento.
A situação que se metera, ora angustiava, ora causava
euforia. E se perguntava “não seria isso a vida?”
Corria para chegar em casa e resolver o que fazer. Havia
urgência, mas também medo, já que aumentava o trajeto por ruas onde não
costumava passar.
Quando chegou em casa, já estava com um sorriso contente no
rosto. Tudo o que estava ali, bastava, só precisava esquecer que era tarde. E
foi o que fez.
**Primeiro texto produzido, no primeiro exercício da primeira aula da Oficina de Criação Literária que estou fazendo.