Eu ando de saco cheio de tudo, o que não é nenhuma novidade. Incrível é estar tranqüila porque sei que é o meu inferno astral. Daqui uns dias, assim que o sol ingressar em Leão, vai passar.
Caso no próximo mês, eu continue assim, não esquecem que agosto é o mês do cachorro louco, que a bruxa anda solta e todas as coisas que ouvimos a vida toda da cultura popular, acabam influenciando no nosso comportamento.
Com certeza, em setembro, com a chegada da primavera, tudo ficar mais ameno. Se bem que o pólen das flores solto no ar dá alergia e as pessoas acabam ficando meio de saco cheio até com a estação mais bonita do ano.
Mas assim eu vou e o tempo vai passando, busco desculpas esfarrapadas pra enfrentar a dor. Um dia quando eu me der conta, já terá passado muitos anos, muitos infernos astrais, agostos e primaveras. E eu terei sobrevivido.
E muito provavelmente não terei achado a justificativa correta para estar quase sempre de saco cheio. Minha vida está longe de ser monótona e tenho consciência da grandiosidade desse mistério que é a vida. Muito das minhas dores se devem ao fato de eu não querer e não achar normal viver uma vida pela metade. Ando tão de saco cheio porque viver me dói muito.
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