Domingo passado foi 20 de setembro e eu desfilei, pela primeira vez, em comemoração a Revolução Farroupilha. Guerra que durou 10 anos e nos, gaúchos perdemos. Mas como somos um povo muito valoroso, aguerrido e bravo, todo ano, comemoramos. E viva o 20 de setembro.
Como todo gaúcho que se preza, viramos historiadores no mês de setembro. E foi em cima de um cavalo, durante o desfile que perguntei para o meu avô, que nunca estudou e mal sabe assinar o nome, mas entende muito de história, por que comemoramos uma guerra que perdemos. A reposta: “Porque perdemos de cabeça erguida. Lutamos durante 10 anos e nunca baixamos a cabeça, honramos nosso orgulho de gaúcho. E temos que honrar sempre.” Entendido.
Ontem, foi o churrasco de um ano de formatura. Na verdade um ano e um mês, não conseguimos reunir o povo antes. E que jornalistas são sempre muito ocupados. Bom, um terço da turma estava presente, os de fé, que foram em todas as festas e encontros pré-formatura.
Como ficou o churrasco eu não sei, mais o pão com alho estava perfeito, valeu Diego! Entre uma discussão e outra sobre a não obrigatoriedade do diploma e outras mazelas da nossa honrada profissão, tomamos cerca de 60 garrafas de cervejas. Cheguei em casa, às 15h de um sábado, bêbada.
Tirando isso, todos os que foram no grande evento estão trabalhando e ganhando uma mixaria, a grande maioria continuou estudando, fazendo especiliazação, mestrado ou até mesmo outra graduação. Um dos colegas presentes fez um curso em São Paulo, teve oportunidade de trabalhar numa revista da Abril, mas voltou pra cá, afinal como ele encheu a boca pra dizer: “eu sou gaúcho”.
Aí começou a discussão que levou mais tempo, sobre o nosso orgulho. Gaúcho é um povo orgulhoso e arrogante. Jornalistas são orgulhosos e arrogantes. Ficamos horas defendendo a nossa terra e a nossa profissão, chegamos a conclusão que ter nascido aqui é uma dádiva e que ser jornalista, uma benção. Sobre ser gaúcho e jornalista, só confirmamos nossas certezas, os melhores jornalistas do país saem daqui.
Quando o churrasco ficou frio, o pão acabou e já estávamos quase em coma alcoólico, fomos embora, sonhando com uma nova revolução que separe o nosso Estado do resto do Brasil. Nesse país os jornalistas serão obrigados a cursarem um curso superior, terão salários dignos e feriados. Fizemos quase toda uma Constituição para um novo país. Só esquecemos de marcar um novo encontro.
1 comment:
Capaz que não ia ter pão com alho pra vegetariana da turma.
Beijo, Diego
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