Friday, March 06, 2009

Primeiro dia de aula

Ontem foi meu primeiro dia de aula de balé, na turma de balé para adultos iniciantes. Sim, eu resolvi aprender balé clássico com 23 anos. Ou seja, com uns 15, 18 anos de atraso. O que segundo a professora, se eu não quiser ser a 1ª bailarina do Bolschoi, não é problema.

Eu e meus colegas (uma moça e um rapaz) estávamos tensos e nervosos, como em qualquer primeiro dia de alguma coisa nova. A professora falou inúmeras vezes: relaxem, relaxem, relaxem... Depois de exercícios básicos de balé, ficamos um bom tempo fazendo alongamento para relaxarmos.

No final, tinha adorado a aula. Engraçado é que essa dança nunca me atraiu, nem quando criança, não achava bonito e tinha certeza de que não era pra mim. Só que de uns anos pra cá, por causa da dança do ventre, comecei a me interessar.

Com o balé, me tornaria uma dançarina do ventre melhor. A postura, os giros e a ponta de pé (dança do ventre também é feita na ponta do pé, só que descalço) melhorariam. Ontem, apesar do objetivo bem específico na minha cabeça, estava tensa. Balé assusta pela disciplina, rigidez e dedicação que exige em seu aprendizado.

Não pretendo ser a 1ª bailarina do Bolschoi, aliás, acho que nunca vou me apresentar dançando balé, mas e se eu não me adaptar com essa postura tão rígida, diferente da dança que já estudo quatro anos? Bom se eu não me adaptar eu paro e a postura, os giros e a ponta de pé na dança do ventre ficam como estão.

Hoje eu acordei com dor no corpo todo (a professora disse que isso aconteceria). Dói os ombros, os braços, a barriga, as pernas, a bunda, até meu dedão do pé direito está doendo! Parece que fiz uma aula de musculação e excedi no peso. E pensar que foi o balé, essa dança (aparentemente) tão leve e delicada, que me deixou assim. Mas pior é pensar que foi só a primeira aula!

Agora preciso comprar uma sapatilha mais resistente, ensaiar umas posições de ponta de pé (tivemos tema de casa), dar uma pesquisada na história dessa dança, tomar relaxantes musculares,torcer para (um dia) ficar com um corpo de bailarina e aceitar que com 23 anos na cara me rendi ao balé.

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