Na minha imaginação eu tenho dinheiro para fazer um mestrado em Londres, aliás, mês que vem estou embarcando. Na minha imaginação eu estou fazendo ciências sociais na UFRGS e tenho algum cargo no DCE da federal (mais idealista e socialista, impossível). Na minha imaginação eu não tenho um furinho de celulite na minha bunda. Eu nasci assim: com o cabelo preto e com esses seios que nunca irão sentir a lei da gravidade.
Na minha imaginação eu tenho tempo de ler todos os livros que gostaria. Ontem mesmo terminei o interminável “O Capital”, do Karl Marx. Na minha imaginação eu vou me casar com o príncipe Andrea de Mônaco, vou morar naquele país chiquérrimo, ser uma princesa de verdade e ter um ou dois amantes, que deverão ser o Leonardo Di Caprio e o Nelsinho Piquet.
Na minha imaginação eu falo seis línguas, incluindo esperanto. Já fui a primeira dançarina do Bellydance Ballet. E todo ano sou convidada para dançar no Emirados Árabes. Passei seis meses incríveis viajando como ativista do Greenpeace. Já escrevi alguns livros. Sou amicíssima do Jorge Furtado, Zeca Camargo, Nando Reis e da Xuxa. Na minha imaginação ele sempre volta...
O quê? Tô viajando demais? Então vamos para as coisas mais acessíveis...
Na minha imaginação eu sempre tenho algum troco na carteira. Minha internet nunca cai e eu sempre acordo de bom humor e bem disposta. Na minha imaginação eu estou estudando para entrar na UFRGS. Voltei a fazer italiano e consegui terminar de ler “on the Road”. Na minha imaginação eu vou ir no show do Oasis e não acho caro pagar R$ 40,00 para ver a exposição do corpo humano com cadáveres de verdade. Na minha imaginação eu sempre tenho inspiração, não sinto nenhuma dor nas aulas de balé e arraso na dança do ventre. Na minha imaginação ele sempre volta...
Mas é só na imaginação mesmo...
Monday, March 30, 2009
Monday, March 23, 2009
A evolução da espécie
Cerca de um mês atrás:
- Tem cinco anos que eu não dirijo, então tenha paciência e não grita!
- Tá, nunca vi, tirou a carteira e tem medo de dirigir. Liga o carro e pode ir.
- Meu Deus!
- Vira, vira a direção! O que tu tá fazendo! Vai devagar!
- Ai, eu não lembro direito! Não grita! Ai meu Deus.
- Meu Deus digo eu! Olha o que tu fez?!
- Ah, deixei o carro apagar...
- Claro pisou no freio com o pé esquerdo! Nunca vi disso!
- Eu disse que não lembrava, porra!
- Ah, tu vai voltar pra auto-escola!
Duas semanas atrás:
- Pisa devagar e larga a embreagem.
- Tá. Ai meu Deus!
- Isso. Agora freia. Arranca. Põe uma segunda. Freia. Arranca. Freia...
- Que saco isso!
- Tu tem que aprender... Então anda mais um pouco e põe uma terceira... Freia. Arranca. Não deixa o carro apag...
- Ih apagou!
- Tá vamos de novo. Tu vai subir a lomba.
- Que lomba? Não vou não!
- Sobe!!!!!!!!!!
- Ai meu Deus!!!!!!!!!!!!
- Agora tu tem que parar na esquina!
- Qual esquina?
- A que tu acabou de passar!
- Ih nem vi!
- Tem que andar mais devagar! Nunca vi, não sabe dirigir, mas sabe correr! Agora vira a aqui... Devagar, olha a árvore! Vira, vira!
- Ufa!
- Olha o cara de bicicleta!
- Ele que vá pra calçada!
Semana passada:
- Vamos no mercado. Pela avenida e na volta passamos pelos bombeiros.
- Pô são 19h! Não dá pra ir por onde não tem movimento? Tem muito carro nas ruas.
- Não. Tu não tem que ter medo dos outros carros. Tu já tá dirigindo bem, até...
- Sim, mas só ando onde não tem movimento e eu quase bati na árvore e atropelei os guris que estavam na rua ontem e tu sempre fala que corro demais...
- Mas tu já colocou o carro na garagem direitinho!
- E tu queria que eu voltasse pra auto-escola! E só tu não gritar...
- Eu não grito, é tu que fica histérica. Vamos lá...
- Fecha o vidro que eu não quero ouvir ninguém me xingando.
- Quem vai te xingar?
- Todo mundo que vê que eu estou em pânico.
- Procura um lugar pra estacionar. Veio bem, estacionou direitinho!
- Nossa, tô suando!
Ontem:
- Já tá dirigindo bem melhor!
- Será que até o final do ano, tô andando sozinha?
- Claro! É só tu não correr.
- Mas eu não corro...
- Amanhã a gente vai para algum lugar distante, deserto.
- Pra quê?
- Pra ti dar uns cavalinhos de pau!
- Ah é pai...
- Vai sim, não quis voltar pra auto-escola...
- Tem cinco anos que eu não dirijo, então tenha paciência e não grita!
- Tá, nunca vi, tirou a carteira e tem medo de dirigir. Liga o carro e pode ir.
- Meu Deus!
- Vira, vira a direção! O que tu tá fazendo! Vai devagar!
- Ai, eu não lembro direito! Não grita! Ai meu Deus.
- Meu Deus digo eu! Olha o que tu fez?!
- Ah, deixei o carro apagar...
- Claro pisou no freio com o pé esquerdo! Nunca vi disso!
- Eu disse que não lembrava, porra!
- Ah, tu vai voltar pra auto-escola!
Duas semanas atrás:
- Pisa devagar e larga a embreagem.
- Tá. Ai meu Deus!
- Isso. Agora freia. Arranca. Põe uma segunda. Freia. Arranca. Freia...
- Que saco isso!
- Tu tem que aprender... Então anda mais um pouco e põe uma terceira... Freia. Arranca. Não deixa o carro apag...
- Ih apagou!
- Tá vamos de novo. Tu vai subir a lomba.
- Que lomba? Não vou não!
- Sobe!!!!!!!!!!
- Ai meu Deus!!!!!!!!!!!!
- Agora tu tem que parar na esquina!
- Qual esquina?
- A que tu acabou de passar!
- Ih nem vi!
- Tem que andar mais devagar! Nunca vi, não sabe dirigir, mas sabe correr! Agora vira a aqui... Devagar, olha a árvore! Vira, vira!
- Ufa!
- Olha o cara de bicicleta!
- Ele que vá pra calçada!
Semana passada:
- Vamos no mercado. Pela avenida e na volta passamos pelos bombeiros.
- Pô são 19h! Não dá pra ir por onde não tem movimento? Tem muito carro nas ruas.
- Não. Tu não tem que ter medo dos outros carros. Tu já tá dirigindo bem, até...
- Sim, mas só ando onde não tem movimento e eu quase bati na árvore e atropelei os guris que estavam na rua ontem e tu sempre fala que corro demais...
- Mas tu já colocou o carro na garagem direitinho!
- E tu queria que eu voltasse pra auto-escola! E só tu não gritar...
- Eu não grito, é tu que fica histérica. Vamos lá...
- Fecha o vidro que eu não quero ouvir ninguém me xingando.
- Quem vai te xingar?
- Todo mundo que vê que eu estou em pânico.
- Procura um lugar pra estacionar. Veio bem, estacionou direitinho!
- Nossa, tô suando!
Ontem:
- Já tá dirigindo bem melhor!
- Será que até o final do ano, tô andando sozinha?
- Claro! É só tu não correr.
- Mas eu não corro...
- Amanhã a gente vai para algum lugar distante, deserto.
- Pra quê?
- Pra ti dar uns cavalinhos de pau!
- Ah é pai...
- Vai sim, não quis voltar pra auto-escola...
Wednesday, March 18, 2009
Elaboração
No dicionário, elaborar é “preparar gradualmente e com trabalho. Formar, organizar. Tornar assimilável”. De uns tempos pra cá tenho pensado muito que pra ser feliz ou ao menos tentar, é fundamental aprender a elaborar as coisas que acontecem na nossa vida.
Ano passado produzi um documentário sobre a ditadura militar. Entrevistei três gaúchos, ex-exilados políticos: Flávia Schilling, Flávio Tavares e o Flavio Koutzii. Eles passaram anos sem poder entrar no Brasil e sofreram os mais diversos tipos de torturas. As sequelas existem, mas ao serem perguntados como conseguiram depois de tudo, tocar a vida? Os três falaram em elaborar.
Os planos podem ter mudado, a vida seguiu e sabe-se lá como acontecia a tal elaboração (o que imagino ser um processo lento e de longo prazo). Os três são pessoas bem resolvidas, inteligentes e felizes. Um deles falou que é necessário elaborar até um não recebido do pai quando se é criança.
Acabei de ler um texto sobre dor de amor e lá pelas tantas estava escrito: “é necessário tempo para poder elaborar o que aconteceu e aí estar pronto para viver novamente.” Hum... Então elaborar está extremamente ligado com virar a página... Aquela história de que temos que se lembrar do nosso passado, sem ficar preso a ele.
Tento, mas não sei se tenho conseguido elaborar minha vida. Às vezes acho que sim, noutras, não. Isso que nunca fui torturada, nunca enfrentei grandes tragédias, não tenho traumas... Tenho um vazio, a falta de alguma coisa que não sei o que é... E não sei até que ponto uma coisa interfere na outra.
Ano passado produzi um documentário sobre a ditadura militar. Entrevistei três gaúchos, ex-exilados políticos: Flávia Schilling, Flávio Tavares e o Flavio Koutzii. Eles passaram anos sem poder entrar no Brasil e sofreram os mais diversos tipos de torturas. As sequelas existem, mas ao serem perguntados como conseguiram depois de tudo, tocar a vida? Os três falaram em elaborar.
Os planos podem ter mudado, a vida seguiu e sabe-se lá como acontecia a tal elaboração (o que imagino ser um processo lento e de longo prazo). Os três são pessoas bem resolvidas, inteligentes e felizes. Um deles falou que é necessário elaborar até um não recebido do pai quando se é criança.
Acabei de ler um texto sobre dor de amor e lá pelas tantas estava escrito: “é necessário tempo para poder elaborar o que aconteceu e aí estar pronto para viver novamente.” Hum... Então elaborar está extremamente ligado com virar a página... Aquela história de que temos que se lembrar do nosso passado, sem ficar preso a ele.
Tento, mas não sei se tenho conseguido elaborar minha vida. Às vezes acho que sim, noutras, não. Isso que nunca fui torturada, nunca enfrentei grandes tragédias, não tenho traumas... Tenho um vazio, a falta de alguma coisa que não sei o que é... E não sei até que ponto uma coisa interfere na outra.
Friday, March 13, 2009
Quinta-feira
Trecho do livro "Comer, rezar, amar", de Elizabeth Gilbert:
... o patrono das crianças nascidas em quintas-feiras é Shiva, o Destruidor, e o dia tem dois espíritos-guias animais: o leão e o tigre. A árvore oficial das crianças nascidas em quintas-feiras é a figueira-de-bengala. Seu pássaro oficial é o pavão. Quem nasceu em uma quinta-feira é sempre o primeiro a falar, sempre interrompe todos os outros, pode ser um pouco agressivo, tende a ser bonito ("um homem-objeto ou uma mulher-objeto"), mas, de forma geral, tem um caráter decente, com uma memória excelente e um desejo de ajudar os outros.
Hum... Será verdade? Eu nasci numa quinta-feira.
... o patrono das crianças nascidas em quintas-feiras é Shiva, o Destruidor, e o dia tem dois espíritos-guias animais: o leão e o tigre. A árvore oficial das crianças nascidas em quintas-feiras é a figueira-de-bengala. Seu pássaro oficial é o pavão. Quem nasceu em uma quinta-feira é sempre o primeiro a falar, sempre interrompe todos os outros, pode ser um pouco agressivo, tende a ser bonito ("um homem-objeto ou uma mulher-objeto"), mas, de forma geral, tem um caráter decente, com uma memória excelente e um desejo de ajudar os outros.
Hum... Será verdade? Eu nasci numa quinta-feira.
Friday, March 06, 2009
Primeiro dia de aula
Ontem foi meu primeiro dia de aula de balé, na turma de balé para adultos iniciantes. Sim, eu resolvi aprender balé clássico com 23 anos. Ou seja, com uns 15, 18 anos de atraso. O que segundo a professora, se eu não quiser ser a 1ª bailarina do Bolschoi, não é problema.
Eu e meus colegas (uma moça e um rapaz) estávamos tensos e nervosos, como em qualquer primeiro dia de alguma coisa nova. A professora falou inúmeras vezes: relaxem, relaxem, relaxem... Depois de exercícios básicos de balé, ficamos um bom tempo fazendo alongamento para relaxarmos.
No final, tinha adorado a aula. Engraçado é que essa dança nunca me atraiu, nem quando criança, não achava bonito e tinha certeza de que não era pra mim. Só que de uns anos pra cá, por causa da dança do ventre, comecei a me interessar.
Com o balé, me tornaria uma dançarina do ventre melhor. A postura, os giros e a ponta de pé (dança do ventre também é feita na ponta do pé, só que descalço) melhorariam. Ontem, apesar do objetivo bem específico na minha cabeça, estava tensa. Balé assusta pela disciplina, rigidez e dedicação que exige em seu aprendizado.
Não pretendo ser a 1ª bailarina do Bolschoi, aliás, acho que nunca vou me apresentar dançando balé, mas e se eu não me adaptar com essa postura tão rígida, diferente da dança que já estudo quatro anos? Bom se eu não me adaptar eu paro e a postura, os giros e a ponta de pé na dança do ventre ficam como estão.
Hoje eu acordei com dor no corpo todo (a professora disse que isso aconteceria). Dói os ombros, os braços, a barriga, as pernas, a bunda, até meu dedão do pé direito está doendo! Parece que fiz uma aula de musculação e excedi no peso. E pensar que foi o balé, essa dança (aparentemente) tão leve e delicada, que me deixou assim. Mas pior é pensar que foi só a primeira aula!
Agora preciso comprar uma sapatilha mais resistente, ensaiar umas posições de ponta de pé (tivemos tema de casa), dar uma pesquisada na história dessa dança, tomar relaxantes musculares,torcer para (um dia) ficar com um corpo de bailarina e aceitar que com 23 anos na cara me rendi ao balé.
Eu e meus colegas (uma moça e um rapaz) estávamos tensos e nervosos, como em qualquer primeiro dia de alguma coisa nova. A professora falou inúmeras vezes: relaxem, relaxem, relaxem... Depois de exercícios básicos de balé, ficamos um bom tempo fazendo alongamento para relaxarmos.
No final, tinha adorado a aula. Engraçado é que essa dança nunca me atraiu, nem quando criança, não achava bonito e tinha certeza de que não era pra mim. Só que de uns anos pra cá, por causa da dança do ventre, comecei a me interessar.
Com o balé, me tornaria uma dançarina do ventre melhor. A postura, os giros e a ponta de pé (dança do ventre também é feita na ponta do pé, só que descalço) melhorariam. Ontem, apesar do objetivo bem específico na minha cabeça, estava tensa. Balé assusta pela disciplina, rigidez e dedicação que exige em seu aprendizado.
Não pretendo ser a 1ª bailarina do Bolschoi, aliás, acho que nunca vou me apresentar dançando balé, mas e se eu não me adaptar com essa postura tão rígida, diferente da dança que já estudo quatro anos? Bom se eu não me adaptar eu paro e a postura, os giros e a ponta de pé na dança do ventre ficam como estão.
Hoje eu acordei com dor no corpo todo (a professora disse que isso aconteceria). Dói os ombros, os braços, a barriga, as pernas, a bunda, até meu dedão do pé direito está doendo! Parece que fiz uma aula de musculação e excedi no peso. E pensar que foi o balé, essa dança (aparentemente) tão leve e delicada, que me deixou assim. Mas pior é pensar que foi só a primeira aula!
Agora preciso comprar uma sapatilha mais resistente, ensaiar umas posições de ponta de pé (tivemos tema de casa), dar uma pesquisada na história dessa dança, tomar relaxantes musculares,torcer para (um dia) ficar com um corpo de bailarina e aceitar que com 23 anos na cara me rendi ao balé.
Wednesday, March 04, 2009
Guri
Deus do céu, me senti uma corruptora de menores. Apesar dele não ser, exatamente, menor de idade. Mas a recém entrou na faculdade “estou no primeiro período”. E curte música sertaneja! Esse sertanejo novo, tal de universitário. Na balada começou a tocar Deep Purple, eu estava cantarolando e ele me pergunta “que música é essa?”!
Ele é novinho, com o tempo vai ficar no ponto, pensava o tempo todo. Logo eu, que gosto de homens mais velhos... Antes de entrar no carro dele, quer dizer, da mãe dele, me certifico se o moço sabe dirigir. “A carteira é provisória, mas claro que sei”. Um guri com carteira provisória, carro da mãe, CDs de sertanejo e lindo de morrer me levando sei-lá-pra-onde numa madrugada de sábado em uma cidade que eu não conheço. Que perdição!
Ah! Vamos num baile de carnaval no clube da cidade... Ele quer me exibir para os amigos tão piás quanto ele. Que situação. Ele é novinho, ele é novinho, ele é novinho (virou mantra). Pena que não vou ver ele “virar homem”, ter o orgulho dos 20, a certeza dos 30 e o charme dos 40...
Uma vez ouvi minha tia falar que uma mulher tem que ficar com homens mais velhos, mas em alguns momentos, abrir exceções e se entregar aos mais novos, porque só eles nos olham com encantamento, nos acham mulherões e não tem medo de demonstrar uma certa insegurança... Me senti uma corruptora de menores, mas antes de qualquer coisa, eu era a turista querendo diversão com um nativo.
Ele é novinho, com o tempo vai ficar no ponto, pensava o tempo todo. Logo eu, que gosto de homens mais velhos... Antes de entrar no carro dele, quer dizer, da mãe dele, me certifico se o moço sabe dirigir. “A carteira é provisória, mas claro que sei”. Um guri com carteira provisória, carro da mãe, CDs de sertanejo e lindo de morrer me levando sei-lá-pra-onde numa madrugada de sábado em uma cidade que eu não conheço. Que perdição!
Ah! Vamos num baile de carnaval no clube da cidade... Ele quer me exibir para os amigos tão piás quanto ele. Que situação. Ele é novinho, ele é novinho, ele é novinho (virou mantra). Pena que não vou ver ele “virar homem”, ter o orgulho dos 20, a certeza dos 30 e o charme dos 40...
Uma vez ouvi minha tia falar que uma mulher tem que ficar com homens mais velhos, mas em alguns momentos, abrir exceções e se entregar aos mais novos, porque só eles nos olham com encantamento, nos acham mulherões e não tem medo de demonstrar uma certa insegurança... Me senti uma corruptora de menores, mas antes de qualquer coisa, eu era a turista querendo diversão com um nativo.
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