Não
importa o que eu esteja fazendo. Posso estar trabalhando, no meio de uma
matéria, planejando a próxima viagem, dando risada com as amigas numa mesa de
bar, de bunda para cima no pilates, pesquisando bobagens no Google, procurando a
graça na vida e de repente me lembro das tuas promessas. "Nunca vou enjoar
de você", "confio muito no nosso amor", "vou lutar por
você", “não vou aceitar romper”... E desabo, porque você enjoou, desistiu
e não lutou. Decretou game over no primeiro obstáculo da primeira fase.
Pensando
nisso, me dou conta que entre as coisas que aprendi contigo, talvez a mais
importante é pensar a felicidade como algo abstrato demais. E isso de uma
certa maneira, me liberta, não preciso mais me exigir ser feliz, buscar isso.
Felicidade não existe, é querer demais. O que importa mesmo é executar as
nossas tarefas. Ao perceber isso, num primeiro momento, acho triste e raso.
Depois me conformo e me torno uma mera tarefeira. E viver é tarefa primordial
quando se nasce.