Mais um texto elogiado na aula de redação!
O homem ao querer comprar uma casa, se deparou com o financiamento imobiliário. Homem simples, com pouco estudo, sentiu a complicação de uma linguagem difícil. Antes de entrar na casa, entrou em filas, muitas. Fila no banco, fila no cartório, fila para conseguir o seu lote, fila na Secretaria de Habitação, e fila, e fila, e fila e ele fica.
No banco, adquiriu uma dívida que pagaria nos próximos vinte anos, Teve que ir e voltar, muitas vezes, pois sempre pediam algum documento que ele nem sabia que existia. Depois de quitar os cinco primeiros anos, o homem poderia escolher seu lote. Ou, o seu pedaço de chão.
No cartório, mais documentos lhe foram apresentados. Mais espera. Ao menos, agora tinha um pré contrato, que lhe davam alguns direitos, pelo menos fora o que a atendente do cartório falara. Mas ele esqueceu de perguntar quais direitos eram esses e a moça não se lembrou de explicar.
No loteamento “Morada Nova”, nova espera. Escolher seu pedaço de chão? Impossível. O jeito é rezar para lhe darem um lote de frente para uma rua calçada. Muitos na sua frente. Lote um para fulano, lote dois para siclano...
Sua ficha era a cento e vinte e um, os lotes iam apenas até o cento e vinte. Espera a abertura de mais um loteamento.
Falaram que na Secretaria de Habitação ele pode reclamar, parece que é na prefeitura. Achou, chegou, pegou uma ficha e esperou na fila. A atendente pública disse que aquele documento não lhe garantia nada. Mas a moça do cartório falou. O quê? Nem o homem lembra. Tem que fazer um documento novo, com o seu nome e, claro, pagar uma taxinha, trazer documentos, ficar em filas, pagar mais uma taxinha para retirar a documentação necessária.
Com toda a papelada na mão, resolveu falar com o Prefeito, saber quando iriam abrir mais um loteamento. Só no ano eleitoral. Só mais alguns anos, durante isso já vai fazendo campanha e entregando santinho. E espera mais um pouco.
Quinze anos depois da primeira fila no banco e meses antes de uma eleição, ele conseguiu o seu pedaço de chão, cedido numa rua calçada, mas sem serviço de esgoto. Agora é construir. Quando o homem foi levantar a sua casa, bateu a fiscalização, a obra era irregular.
Wednesday, November 29, 2006
Thursday, November 09, 2006
Para alguém bem perto
“...eu te procurei pra me confessar. Eu chorava de amor e não porque eu sofria”
Uns Dias – Paralamas do Sucesso
Aconteceu. Me apaixonei por você e sei que não devia. Você é um galinha, fica com todo mundo e não dá valor para ninguém, claro que o que importa, no caso, é dar valor para mim! E eu não sei o que fazer. Não é o fato de você não gosta de mim que me faz sofrer. É justamente, o contrário que me machuca, é eu gostar de você e saber que isso não serve de nada. Puro egoísmo da minha parte, pois queria você porque me sentia bem ao seu lado.
Gosto tanto que preferia não sentir isso, não por mim, mas por você, que se incomoda com o que eu sinto. Claro que sofro! Não sei o que fazer com o sentimento que está transbordando. Amor reprimido vira ódio e eu não quero te odiar. A saudade que sinto sufoca, me faz perder o ar e às vezes, até o chão. Mas a saudade que mais dói é a do que poderia ter acontecido.
Não vamos no cinema, nem na praia e nem no gazômetro. Não vou mais te fazer massagem. Não sei o que você achou do meu cabelo, nem como vai o seu serviço. Não posso te beijar quando tenho vontade (e tenho essa vontade sempre), nem te abraçar e muito menos te ligar. Não vou mais sentir a sensação de paz que você me trazia e nem você vai rir da minha mania de comer picolé. Não vai poder falar das minhas unhas vermelhas, não vai me ver dançar, não vai ouvir eu falar do livro que eu tô lendo. Não vou poder te mostrar a minha roupa da dança do ventre, nem falar como foi a apresentação, nem que voltei a fazer análise. Você não vai chorar por mim, muito menos, sorrir para mim!
Odeio o “oi burocrático” que você me dá quando me encontra. Como odiava, mais ainda, a mania que você tinha de apagar os scraps que eu te mandava, será que tu não percebia que isso dava mais bandeira? Adiantaria te chamar de burro e cego porque eu sou inteligente, tenho senso de humor, não sou feia e principalmente, sou louca por você. E só você não vê? Ou devo prometer para o papai do céu que eu vou me comportar e ser uma boa menina se ele te trazer de volta?
Carrego uma carta que fiz para você todo dia, não vou entregar porque não quer receber e não tenho coragem de jogar fora. O que eu faço com o que sinto por você? Ponho no lixo? Junto com as muitas possibilidades que estavam na nossa frente e você descartou? Amor acaba, estraga e até apodrece. Possibilidades não vividas viram arrependimentos e lamentações. Eu choro por causa de um sentimento desperdiçado e você? Pior do que acabar e não ter tido coragem de começar!
Uns Dias – Paralamas do Sucesso
Aconteceu. Me apaixonei por você e sei que não devia. Você é um galinha, fica com todo mundo e não dá valor para ninguém, claro que o que importa, no caso, é dar valor para mim! E eu não sei o que fazer. Não é o fato de você não gosta de mim que me faz sofrer. É justamente, o contrário que me machuca, é eu gostar de você e saber que isso não serve de nada. Puro egoísmo da minha parte, pois queria você porque me sentia bem ao seu lado.
Gosto tanto que preferia não sentir isso, não por mim, mas por você, que se incomoda com o que eu sinto. Claro que sofro! Não sei o que fazer com o sentimento que está transbordando. Amor reprimido vira ódio e eu não quero te odiar. A saudade que sinto sufoca, me faz perder o ar e às vezes, até o chão. Mas a saudade que mais dói é a do que poderia ter acontecido.
Não vamos no cinema, nem na praia e nem no gazômetro. Não vou mais te fazer massagem. Não sei o que você achou do meu cabelo, nem como vai o seu serviço. Não posso te beijar quando tenho vontade (e tenho essa vontade sempre), nem te abraçar e muito menos te ligar. Não vou mais sentir a sensação de paz que você me trazia e nem você vai rir da minha mania de comer picolé. Não vai poder falar das minhas unhas vermelhas, não vai me ver dançar, não vai ouvir eu falar do livro que eu tô lendo. Não vou poder te mostrar a minha roupa da dança do ventre, nem falar como foi a apresentação, nem que voltei a fazer análise. Você não vai chorar por mim, muito menos, sorrir para mim!
Odeio o “oi burocrático” que você me dá quando me encontra. Como odiava, mais ainda, a mania que você tinha de apagar os scraps que eu te mandava, será que tu não percebia que isso dava mais bandeira? Adiantaria te chamar de burro e cego porque eu sou inteligente, tenho senso de humor, não sou feia e principalmente, sou louca por você. E só você não vê? Ou devo prometer para o papai do céu que eu vou me comportar e ser uma boa menina se ele te trazer de volta?
Carrego uma carta que fiz para você todo dia, não vou entregar porque não quer receber e não tenho coragem de jogar fora. O que eu faço com o que sinto por você? Ponho no lixo? Junto com as muitas possibilidades que estavam na nossa frente e você descartou? Amor acaba, estraga e até apodrece. Possibilidades não vividas viram arrependimentos e lamentações. Eu choro por causa de um sentimento desperdiçado e você? Pior do que acabar e não ter tido coragem de começar!
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